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Presidente da bolsa de Lisboa espera que "efeitos de volatilidade" em França "se vão diluindo"

Em entrevista ao programa Negócios, no canal Now, Isabel Ucha diz que é feito um trabalho diário para captar mais empresas para o mercado de capitais, mas admite que é preciso que as condições também "ajudem".

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A presidente da bolsa de Lisboa antecipa que haja um alívio na volatilidade centrada em França, à medida que sejam conhecido o novo Governo no país e as políticas a levar a cabo. Em entrevista ao programa do Negócios no canal Now, Isabel Ucha explica que as condições favoráveis são também uma peça importante para captar empresas para o mercado de capitais.

"Os mercados reagem normalmente mais a momentos inesperados e realmente a convocação de eleições em França foi um acontecimento inesperado que causou alguma volatilidade. Temos agora, à medida que formos percebendo qual vai ser o resultado dessas eleições, que impacto é que vai ter nas políticas em França e nas políticas europeias em geral, é natural que os efeitos de volatilidade se vão diluindo", afirmou esta segunda-feira Isabel Ucha.

O sentimento negativo dominou ações e obrigações no rescaldo da dissolução do Parlamento em França. A primeira semana de negociações foi de perdas generalizadas a vários países europeus, incluindo Portugal, tendo-se seguido um movimento de correção na semana passada. Os investidores estão agora em modo de espera com a aproximação das legislativas marcadas para 30 de junho e 7 de julho.

Em Lisboa, a semana vai ser marcada pelo Capital Markets Day, um evento organizado pela bolsa de Lisboa e pela Associação de Empresas Emitentes de Valores Cotados em Mercado (AEM), no qual mais de quatro dezenas de investidores nacionais e estrangeiros vão encontrar-se presencialmente com gestores portugueses para conhecer atividade, estratégia e planos para o futuro.

"É a primeira edição deste evento e durante um dia inteiro [quinta-feira] estes mais de 40 investidores têm mais de uma centena de reuniões agendadas", explica Isabel Ucha. Em causa estão duas dezenas de cotadas, que despertaram o interesse de grandes investidores como fundos de pensões ou bancos de investimento.

Além disso, vai ainda ser apresentado um estudo realizado pela Universidade Católica sobre a evolução da economia portuguesa nos últimos dez anos, "com o objetivo também de identificar oportunidades de investimento mais alargadas nos vários setores onde a economia tem vantagens".

Esta é uma das formas da bolsa de Lisboa tentar captar mais investidores e empresas para o mercado de capitais, sendo que há uma admissão à negociação marcada para esta terça-feira. Chama-se Vila dos Números e é uma sociedade de investimento e gestão imobiliária (SIGI) que se prepara para entrar em bolsa, por via de uma admissão direta de 50 mil ações com uma cotação inicial de 120 euros.

"Trabalhamos todos os dias para trazer novas empresas, é preciso que as condições de mercado também ajudem", indica a presidente da bolsa de Lisboa. Apontando o programa Elite - um ecossistema europeu de PME pretende apoiar empresas privadas no financiamento do crescimento -, Isabel Ucha acrescenta: "Temos hoje em dia um leque alargado de serviços não apenas para trazer empresas para o mercado, mas também para procurar encontrar soluções de financiamento mais alargadas".
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