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Powell dá pistas de novo corte dos juros e anima Wall Street

As bolsas norte-americanas abriram em alta, depois de o relatório do emprego nos EUA, relativo a agosto, ter reforçado a expectativa de que a Fed cortará juros dentro de duas semanas. Horas depois, o presidente do banco central reforçou essa perspetiva e os principais índices do outro lado do Atlântico festejaram no verde. A excepção foi o Nasdaq, numa altura em que as tecnológicas são alvo de investigação.

Reuters
06 de Setembro de 2019 às 21:05
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O Dow Jones encerrou a somar 0,26% para 26.797,46 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,09% para 2.978,73 pontos.

 

Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite deslizou 0,17% para 8.103,07 pontos.

 

As contratações em agosto, nos Estados Unidos, ficaram abaixo do esperado, mas o relatório divulgado pelo Departamento norte-americano do Trabalho aponta para um mercado laboral sólido – que está demasiado forte para travar uma flexibilização adicional por parte do banco central.

 

Assim, reforçaram-se as expectativas de um novo corte de juros, por parte da Fed, na reunião que tem lugar a 17 e 18 de setembro, o que melhorou o sentimento dos investidores.

 

"É quase certo que a Fed irá cortar as taxas de juro em 25 pontos base", comentou à Bloomberg o principal estratega da Robert W. Baird, Bruce Bittles.

 

Entretanto, mais ao final do dia, o presidente da Reserva Federal, Jerome Powell, deu também pistas nesse mesmo sentido.

 

As bolsas aplaudiram o facto de Powell ter desvalorizado o pânico em torno de uma possível recessão no país e ter dito que o banco central está empenhado em garantir que a inflação se mantém perto da meta definida (2%).

 

Os seus comentários não mostraram uma mudança nas perspetivas em torno da política monetária da Fed, tendo mesmo reforçado a ideia que o banco central cortará juros dentro de duas semanas.

 

As praças do outro lado do Atlântico também continuam a ser sustentadas pelo alívio das tensões comerciais entre Washington e Pequim depois do anúncio de que os EUA e a China concordaram em retomar as conversações em inícios do próximo mês.

 

A travar maiores ganhos esteve o setor tecnológico, o que levou a que o Nasdaq fechasse em contraciclo, devido aos receios em torno de investigações federais a eventuais práticas anticorrenciais (antitrust).

 

Com efeito, esta sexta-feira dois grupos autónomos da Procuradoria-Geral dos EUA anunciaram duas investigações separadas, por possível antitrust, a grandes empresas tecnológicas, nomeadamente Alphabet e Facebook.

 

Por outro lado, a norte-americana Ford Motor, a japonesa Honda Motor, e as alemãs BMW e Volkswagen estão a ser investigadas pelo Departamento norte-americano da Justiça (DoJ), também por eventuais práticas antitrust.


O DoJ está a procurar determinar se estas companhias automóveis violaram a lei federal da concorrência ao acordarem seguir padrões para as emissões dos tubos de escape que vão além do que é proposto pela Administração Trump, referiram à Bloomberg  fontes conhecedoras do processo.

 

O acordo independente relativamente às normas sobre as emissões foi celebrado entre as quatro fabricantes automóveis e os responsáveis pelo departamento da qualidade do ar no Estado da Califórnia.

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