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Popular afunda mais de 9% para novo mínimo histórico

Os receios em torno do futuro do Banco Popular estão a levar as acções a deslizar para novos mínimos históricos. A instituição anunciou a venda de 49% do Targobank por 65 milhões de euros.

DR/Banco Popular
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As acções do Banco Popular deslizam 9,03% para 0,554 euros, tendo já tocado nos 0,552 euros, o que corresponde ao valor mais baixo de sempre. Desde o início do ano as acções desta instituição financeira acumulam já uma queda de quase 40%. A Bloomberg realça que já trocaram de mãos o dobro das acções negociada em média por dia nos últimos três meses.

 

A queda das acções está a ser justificada com os receios dos investidores em torno do futuro do Popular. O jornal Expansión realça que os investidores estão a considerar que o atraso em torno da venda do banco se prende com o facto de não ter sido apresentada qualquer proposta firme, o que põe em causa a sobrevivência da instituição.

 

Santander, BBVA, Bankia, Sabadell e CaixaBank são os bancos apontados pelos media espanhol como potenciais interessados no Popular. O El Confidencial noticia que os interessados no Popular solicitaram mais informação ao banco, nomeadamente como evoluíram os depósitos da instituição nos últimos dias.

 

Um "research" recente do BPI indica que uma fusão do Popular com um rival espanhol pode gerar sinergias que podem alcançar 3,8 mil milhões de euros. De acordo com os cálculos dos especialistas, um processo de consolidação com o Santander ou o BBVA deveria gerar poupanças totais de 4,7 mil milhões de euros, um valor ao qual teria de se subtrair 1,36 mil milhões de euros para custos de reestruturação. Tudo somado, as sinergias finais seriam de 3,8 mil milhões. Já uma fusão com o Sabadell poderia gerar poupanças de 2,6 mil milhões de euros ou de 2,3 mil milhões, caso o Popular escolha o Bankia.

 

Em cima da mesa está também a possibilidade de um aumento de capital num montante que poderá ascender a 4.000 milhões de euros.

 

O mercado está a incorporar "que um resgate pode ser inevitável", explica à agência de informação americana Carlos Ortega, corretor de acções na Beka Finance. O responsável adianta que o mais provável é que o banco avance para um aumento de capital com as acções a serem vendidas abaixo dos 0,55 euros.

 

Esta quinta-feira, 1 de Junho, o banco liderado por  Emilio Saracho (na foto) anunciou a venda de 48,98% do capital que detinha no Targobank , um banco de capital criado em 2011 em parceria com o Crédit Mutuel, empresa que comprou a participação.  A venda foi realizada por 65 milhões de euros.

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