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Pior semana desde 2008 em Wall Street. S&P 500 já cai 14% desde máximo

As bolsas norte-americanas continuam a afundar e estão a caminho da pior semana desde a crise financeira. Tanto o Dow como o S&P 500 caem mais de 10% desde os últimos máximos, o que significa que já entraram em território de correção.

Reuters
28 de Fevereiro de 2020 às 14:50
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O Dow Jones segue a ceder 2,20% para 25.201,01 pontos e o Standard & Poor’s 500 recua 2,01% para 2.917,74 pontos.

 

O S&P 500 nunca caiu de forma tão acelerada e desde o máximo histórico atingido há uma semana já perde mais de 14%. Este índice, sublinha a CNN, "está a afundar a uma velocidade sem precedentes. E as coisas estão prestes a piorar".

 

Ambos os índices entraram ontem no chamado "território de correção" ao caírem mais de 10% desde os últimos máximos antes da entrada em trajetória ascendente.

 

Se perderem 20% desde os últimos máximos, entrarão em "mercado urso" (bear market), e esse é um cenário que já esteve mais afastado do que agora.

 

O tecnológico Nasdaq Composite segue a mesma tendência que os seus principais congéneres dos EUA, a desvalorizar 2,13% para 8.344,12 pontos.

 

Com estes desempenhos, Wall Street está a caminho da pior semana desde o outono de 2008, em plena crise financeira. É preciso, pois, recuar 11 anos e meio para observar uma série de quedas consecutivas tão pronunciadas.

 

Os receios dos investidores quanto ao impacto do coronavírus (Covid-19), numa altura em que a epidemia continua a intensificar-se rápida e amplamente fora do seu país de origem, a China, continuam a minar o otimismo dos investidores – que estão a preferir investir nos chamados ativos-refúgio, como as obrigações e algumas divisas (caso do iene e do franco suíço), em detrimento das ações.

 

Os juros da dívida norte-americana atingiram ontem mínimos históricos, à conta da maior aposta nas Obrigações do Tesouro dos EUA. Hoje seguem a mesma tendência, com a "yield" da dívida a 10 anos a descer quatro pontos base para 1,22%.

 

Esta tendência acentuou-se ainda mais depois de o governador da Califórnia ter dito que o Estado está a monitorizar 8.400 pessoas com sinais de infeção pelo coronavírus após terem viajado para a Ásia.

Hoje, o "sell-off" acelerou depois de um responsável da Casa Branca declarar que o vírus poderá forçar algumas escolas a encerrar. Isto numa altura em que mais empresas alertam que as perturbações no fornecimento deverão afectar as suas estimativas para os lucros e vendas. 

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