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Crude e Grécia arrastam bolsas europeias para perdas superiores a 2%

As bolsas europeias afundaram com a queda do preço do petróleo nos mercados internacionais e com a contagem decrescente para as eleições na Grécia.

05 de Janeiro de 2015 às 18:22
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As principais praças do Velho Continente fecharam no vermelho na sessão desta segunda-feira, 5 de Janeiro, ao tombarem mais de 2%.

 

A bolsa de Atenas liderou as quedas na Europa ao perder 5,70%. Isto aconteceu no dia em que a imprensa alemã noticia que o Governo de Angela Merkel está a preparar-se para uma possível saída da Grécia da Zona Euro. As eleições gregas vão ter lugar no dia 25 de Janeiro e as sondagens apontam que o Syriza, partido que defende o fim da austeridade para o país, vai ser o vencedor do escrutínio.

 

Na Europa, o índice Stoxx 600 – que junta as 600 maiores cotadas da região - fechou a cair 2,15% para 333,99 pontos. Com destaque para as quedas das cotadas gregas, como o National Bank of Greece (-7,43%), a OPAP (-7,32%) e o Eurobank (-6,91%).

 

Mas apesar da influência de Atenas, a queda do preço do petróleo nos mercados foi o grande responsável pelo recuo verificado no mercado de capitais. O índice Stoxx 600 Oil&Gas liderou as perdas entre os diferentes indústrias ao tombar 4,88%. As perdas foram lideradas pela italiana Eni (-8,36%), a Premier Oil (-7,04%) e a Hunting (-6,49%).

 

"Mais uma vez é provável que tenhamos mais suspense na Zona Euro antes das eleições na Grécia. Os políticos alemães estão a falar de uma saída da Grécia do euro e isso está a provocar um aumento dos receios de que pode voltar a crise", disse à Bloomberg Arno Endres, analista no Luzerner Kantonalbank.

 

As principais praças europeias fecharam no vermelho, com destaque negativo para a bolsa de Milão (-4,92%) e de Madrid (-3,45%). Em Espanha, as quedas foram lideradas pela Repsol (-5,84%) e pelos bancos CaixaBank (-5,28%), Popular (-4,88%), Bankinter (-4,78%) e Sabadell (-4,64%).

 

A bolsa de Londres perdeu 2%, com oito petrolíferas entre as 10 cotadas que registaram as maiores quedas, e registou a maior descida em três semanas. Também a bolsa de Frankfurt (-3,31%) e de Paris (-2,99%) fecharam no vermelho.

 

Nos Estados Unidos, Wall Street também negoceia no vermelho. O índice Dow Jones está a perder 1,38% com destaque para as perdas das petrolíferas Chevron (-4,31%) e Exxon Mobil (-3,17%).

 

Nos mercados internacionais, o petróleo dilata a sua queda para mais de 50% no espaço de sete meses. O barril de Brent perde 5,78% para 53,16 dólares em Londres, enquanto o barril de West Texas Intermediate recua 4,42% para 50,36 dólares em Nova Iorque.

 

A queda do preço do petróleo deveu-se hoje às notícias de que a Rússia está em máximos de produção de mais de vinte anos e que o Iraque, o segundo maior produtor mundial, se prepara para aumentar as suas exportações.

 

A cotação do petróleo tem vindo a cair nos mercados devido à especulação de que no médio prazo vai existir excesso de oferta a par do recuo do consumo, o que se deve ao abrandamento económico global.

 

"Os declínios no petróleo representam algo mais nefasto, o abrandamento económico global. Os investidores já passaram a fase de que isto é bom para a economia", disse à Bloomberg Jeff Sica, presidente da Circle Squared  Alternative Investments.

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