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Petróleo sai do poço e ajuda Wall Street com empurrão das "big tech"

As bolsas do outro lado do Atlântico recuperaram na sessão desta quarta-feira, com a subida dos preços do petróleo a animar as cotadas do setor. As tecnológicas também deram uma ajuda, bem como os estímulos adicionais à economia aprovados no Senado.

Reuters
22 de Abril de 2020 às 21:23
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O Dow Jones fechou a somar 1,99% para 23.475,82 pontos e o o Standard & Poor’s 500 avançou 2,29% para 2.799,31 pontos.

 

Já o tecnológico Nasdaq Composite ganhou 2,81% para se fixar nos 8.495,38 pontos.

Os três grandes índices de Wall Street regressaram assim a terreno positivo, depois de ontem terem registado a pior sessão desde 1 de abril.

 

O sentimento dos investidores recebeu um impulso com as medidas adicionais de estímulo à economia aprovadas pelo Senado norte-americano.

 

Por setores, a impulsionar a tendência estiveram sobretudo as cotadas da energia, num dia em que os preços do petróleo conseguiram recuperar e voltar a negociar no verde.

 

Também as tecnológicas contribuíram para o movimento de subida, com destaque para a Apple, Google e Microsoft.

 

Os investidores continuam também atentos à divulgação dos resultados do primeiro trimestre. A Chipotle e a Netflix estão entre as cotadas que reportaram ontem, depois do fecho da sessão, as suas contas.

 

A empresa – que fornece um serviço de streaming de filmes e séries de televisão e que chegou a Portugal em outubro de 2015 – teve um aumento dos lucros face ao mesmo período do ano passado e registou um forte aumento do número de assinantes – superando grandemente as suas próprias estimativas ao contar com 16 novos milhões de subscritores.

 

Este aumento de assinantes foi impulsionado em parte pelas medidas de confinamento decorrentes da covid-19 e por estreias populares na Netflix, como o reality show Love is Blind e a série documental Tiger King.

 

Ainda assim, a Netflix terminou a sessão desta quarta-feira a cair mais de 2%.

 

Subsídios de desemprego em foco

 

Os intervenientes do mercado vão estar amanhã de olhos postos nos dados relativos aos novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, na semana passada, esperando-se um novo aumento.

 

Nas quatro semanas precedentes, mais de 22 milhões de americanos recorreram a apoios do Estado devido a uma situação de desemprego agravada pela pandemia.

 

O setor do petróleo emprega cerca de 10 milhões de pessoas nos Estados Unidos  e a derrocada dos preços da matéria-prima – agravada na segunda-feira com a entrada do crude norte-americano WTI em território negativo – deverá pesar fortemente no mercado de trabalho.

 

A CNN dizia ontem que centenas de petrolíferas norte-americanas poderão entrar em insolvência, uma vez que os baixos preços não lhes permitem operar com margens minimamente rentáveis. No "shale oil" – petróleo extraído das rochas de xisto betuminoso norte-americano – já se começa a observar esse fenómeno.

 

"Estou preocupada a vários níveis", comentou hoje à CNN Business a economista-chefe da Grant Thornton, Alison Kosik. "Um deles está no facto de não podermos beneficiar de preços do petróleo mais baixos porque estamos em casa e não a conduzir. Além disso, há um enorme efeito de extravasamento – o multiplicador pode ir até sete por cada emprego perdido. Podemos ver muitos mais empregos destruídos no setor petrolífero", sublinhou.

 

A indústria petrolífera foi também a segunda maior categoria a candidatar-se a empréstimos governamentais, acrescentou a mesma estratega.

 

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