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Petróleo e tecnologias levam Wall Street para território negativo

As bolsas norte-americanas encerraram em baixa, nesta sessão três horas mais curta, penalizadas sobretudo pela queda das tecnológicas e das energéticas, num dia em que os preços do petróleo estão a ceder terreno e em que o Facebook está a exercer pressão negativa.

Reuters
03 de Julho de 2018 às 18:04
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O Dow Jones encerrou a recuar 0,45% para 24.198,01 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,46% para 2.714,21 pontos.

 

Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,86%, a valer 7.502,67 pontos.

 

A sessão bolsista foi esta terça-feira três horas mais curta em Wall Street, encerrando às 18:00 de Lisboa (13:00 em Nova Iorque), em antecipação do feriado do Dia da Independência que se celebra esta quarta-feira, 4 de Julho – dia em que os mercados do outro lado do Atlântico estarão encerrados.

 

As acções do Facebook caíram 2,35% para 192,73 dólares, depois de o Washington Post ter reportado que a investigação ao uso indevido de dados dos utilizadores da rede social por parte da consultora britânica Cambridge Analytica foi alargada e incluirá mais agências governamentais dos EUA.

 

O Facebook confirmou a informação. "Estamos a cooperar com as autoridades nos EUA, Reino Unido e não só", assegurou fonte oficial da empresa.

 

O mau desempenho da cotada liderada por Mark Zuckerberg acabou por pressionar o restante sector tecnológico.

 

Também a energia pesou na negociação bolsista, numa sessão em que os preços do petróleo inverteram e seguem em queda devido ao facto de a Arábia Saudita ter dito que vai aumentar ainda mais a sua produção de crude – já que o incremento anunciado na semana passada foi considerado insuficiente devido à redução da oferta por parte de outros produtores, como a Líbia, Irão e Canadá.

 

Por outro lado, os receios de uma intensificação das tensões comerciais entre os EUA e os seus parceiros comerciais continuaram a pesar no sentimento dos investidores, muito especialmente pelo facto de na sexta-feira, 6 de Julho, entrarem em vigor as tarifas comerciais norte-americanas e chinesas, sobre produtos de parte a parte no valor de 34 mil milhões de dólares.

 

As cotadas mais vulneráveis ao escalar das tensões comerciais – como a Boeing e Caterpillar, bem como as empresas de semicondutores [cujas receitas dependem grandemente da China] – têm vindo a depreciar-se progressivamente no âmbito deste braço-de-ferro entre Washington e Pequim.

 

Hoje, os títulos da American Airlines, United Continental e Delta Air Lines recuaram mais de 1%, pressionando o sector da aviação, depois de o Deutsche Bank ter revisto em baixa o preço-alvo das três companhias aéreas dizendo que a crescente disputa entre os Estados Unidos e a China poderá pesar nos seus resultados.

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