Notícia
Novos recordes em Wall Street com bons dados económicos e contas da banca
As bolsas norte-americanas encerraram em alta, com o Dow Jones e o S&P 500 a estabelecerem novos máximos históricos. No caso do Dow, chegou mesmo ao patamar dos 34.000 pontos. Os bons números da banca e os dados económicos positivos ajudaram ao otimismo.
O Dow Jones fechou a somar 0,90%, para se fixar nos 34.035,99 pontos, o que constitui um recorde de fecho. Na negociação intradiária estabeleceu um novo máximo histórico, nos 35.068,73 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 avançou 1,11%, para 4.170,42 pontos, que foi igualmente um máximo de fecho. Durante a sessão chegou a tocar no nível mais alto de sempre, nos 4.173,49 pontos.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 1,31% para 14.038,76 pontos – tendo sido o seu primeiro fecho acima dos 14.000 pontos desde fevereiro.
A época de divulgação das contas do primeiro trimestre já arrancou e os números já reportados no setor financeiro têm estado a animar os investidores.
Alguns dos maiores bancos do país – entre os quais o JPMorgan, Goldman Sachs e o Wells Fargo – anunciaram ontem fortes aumentos dos lucros nos primeiros três meses deste ano, reforçando a confiança na melhoria da atividade das empresas neste arranque de ano.
Hoje foi a vez de o Citigroup e o Bank of America apresentarem as suas contas, que também superam as expectativas – seguindo-se amanhã o Morgan Stanley.
O Citi reportou lucros de 3,62 dólares por ação (um resultado líquido de 7,9 mil milhões de dólares) e receitas de 19,3 mil milhões de dólares entre janeiro e março, valores acima do esperado pelos analistas – que apontavam para um lucro por ação de 2,60 dólares e receitas de 18,8 mil milhões.
Já o Bank of America registou um lucro por ação de 86 cêntimos de dólar (contra uma previsão média de 66 cêntimos por parte dos analistas inquiridos pela Refinitiv) e receitas de 22,9 mil milhões quando o consenso de mercado apontava para 22,1 mil milhões.
Além disso, os dados económicos divulgados esta quinta-feira também ajudaram ao otimismo, já que saíram melhor do que o esperado: os pedidos de subsídio de desemprego diminuíram e as vendas a retalho registaram um forte aumento em março.
O facto de os juros da dívida pública terem aliviado ajudou as tecnológicas. As "yields" das obrigações do Tesouro a 10 anos nos EUA cederam para 1,543%, contra 1,639% ontem.
A subida dos juros da dívida soberana tem pressionado sobretudo as cotadas do setor tecnológico, já que este contexto reduz o apetite por ações de elevado crescimento em prol de empresas que são vistas como tendo maior probabilidade de um bom desempenho com a retoma da economia.