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Novas expectativas de corte de juros pela Fed dão força a Wall Street

Os números do emprego nos Estados Unidos abaixo do esperado estão a dar novamente força à expectativa de que a Reserva Federal possa vir a reduzir os juros diretores ainda este ano, o que animou os investidores.

O “benchmark” Standard & Poor’s 500 (S&P 500), o tecnológico Nasdaq 100 e o industrial Dow Jones têm batido recordes, mas depois das palavras de Powell derraparam.
Brendan McDermid/Reuters
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Os principais índices em Wall Street valorizaram esta segunda-feira, dando continuidade aos ganhos da semana passada, numa altura em que os investidores avaliam a possibilidade de a Reserva Federal poder realizar um corte dos juros diretores ainda este ano.

O índice de referência S&P 500 valorizou 1,03% para 5.180,74 pontos e o tecnológico Nasdaq Composite cresceu 1,19% para 16.349,25 pontos. Já o industrial Dow Jones ganhou 0,46% para 38.852,27 pontos.

O "benchmark" mundial S&P 500 e o Nasdaq tocaram durante a sessão máximos de três semanas. Isto depois de os números do emprego nos Estados Unidos referentes a abril, divulgados na sexta-feira, terem ficado abaixo do esperado, o que evidencia algum alívio do mercado laboral.

"As notícias económicas têm sido positivas. Continuam a suscitar sinais de robustez subjacente da economia, o que deverá permitir que o crescimento dos lucros das empresas continue a promover um ambiente em que os preços das ações possam avançar", referiu à Reuters Mark Luschini, estratega-chefe da Janney Montgomery Scott.

"Ao mesmo tempo, não está tão elevado ao ponto de ameaçar mais uma vez a postura da Fed", acrescentou.

Entre os principais movimentos de mercado estevea Apple que recuou 0,91% para 181,71 dólares, depois de a Berkshire Hathaway, liderada por Warren Buffet, ter anunciado que vendeu mais de 10 milhões de ações da gigante tecnológica.

Ainda a centrar atenções esteve um discurso do presidente da Fed de Richmond, Thomas Barkin, que afirmou que o atual nível das taxas de juro deverá ser suficiente para arrefecer a economia e retornar a inflação ao objetivo de 2%. Ainda assim, a robustez do mercado laboral deverá obrigar a um compasso de espera por parte dos governadores da Fed.

Este comentário está em linha com o que o banco central sinalizou na semana passada, de que está inclinado para uma eventual redução dos juros diretores, mas que quer ter "maior confiança" de que a inflação vai continuar a descer.
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