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Nasdaq sofre pior arranque de Setembro em 10 anos

A guerra comercial continua a ditar a direcção dos mercados accionistas e as declarações de Trump sobre a China aprofundaram o sentimento negativo.

Reuters
07 de Setembro de 2018 às 21:29
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O arranque de Setembro é marcado em Wall Street pelo regresso dos investidores de férias, com as primeiras sessões após o feriado do Labor Day a determinarem o sentimento dos investidores.

 

Este ano as notícias não são positivas, sobretudo para o sector tecnológico, com o Nasdaq a registar o pior arranque do mês de Setembro desde 2008, ano marcado pela falência do Lehman Brothers.

 

O índice das tecnológicas fechou no vermelho pela quarta sessão seguida, acumulando uma queda de 2,55% na semana (segunda-feira o mercado esteve encerado devido ao feriado do Labor Day).

 

O Nasdaq Composite caiu 0,25% para 7.902,5 pontos e o Dow Jones desceu 0,31% para 25.916,54 pontos. O S&P500 cedeu 0,29% para 2.869,73 pontos.

 

Apesar do desempenho negativo das bolsas norte-americanas, nas praças europeias as perdas foram bem mais acentuadas, com o Stoxx600 a registar a pior semana desde Março, negociando em níveis de Maio.

 

A guerra comercial determinou o sentimento negativo durante toda a semana e também o fecho da sessão de hoje.

 

O presidente norte-americano admitiu esta sexta-feira, dia 7 de Setembro, que vai "muito em breve" avançar com as tarifas sobre bens chineses avaliados em 200 mil milhões de dólares, cuja consulta pública terminou ontem. Mas não deverá ficar por aí: Donald Trump ameaçou impor taxas sobre mais 267 mil milhões de dólares, cobrindo assim todos os bens que a China exporta para os EUA.

 

Por outro lado, hoje foram revelados dados económicos positivos, mas que também tiveram um impacto negativo nas acções. A economia norte-americana criou mais postos de trabalho em Agosto do que o esperado, mas a taxa de desemprego manteve-se em 3,9%, abaixo da previsão de 3,8%. Tal dá mais razões à Reserva Federal para continuar a aumentar os juros. A Fed reúne-se no final do mês e o presidente da Reserva Federal de Boston, Eric Rosengren, já deu um sinal de que haverá subida

 

A Tesla foi das cotadas que sofreu das quedas mais intensas (-6,3% para 263,24 dólares), reagindo ao pedido de demissão de dois executivos da fabricante de automóveis eléctricos e preocupações com o comportamento do CEO. Elon Musk fumou marijuana durante um programa transmitido na Internet.

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