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Nasdaq sobe pela quarta sessão com maior série de ganhos em mais de dois meses
As bolsas do outro lado do Atlântico ganharam terreno no dia em que a banca começou a reportar os seus resultados trimestrais. O tecnológico Nasdaq sobressaiu.
O tecnológico Nasdaq Composite encerrou a somar 3,95% para se fixar nos 8.515,54 pontos – marcando assim a sua quarta sessão consecutiva de ganhos, naquela que é a mais longa série de subidas desde inícios de eevereiro.
O índice esteve a ser impulsionado pelas cotadas da tecnologia, que já ontem se tinham destacado do lado dos ganhos. A subida de hoje do Nasdaq foi a mais acentuada desde há mais de uma semana.
O Nasdaq já sobe mais de 20% desde o seu mínimo de 23 de março, tendo assim entrado num período "bull" dentro de um "bear market". Se o índice conseguirá sair do mercado urso em que entrou no passado trimestre é algo que só ficará claro dentro de alguns meses, sublinha a CNN.
De facto, tem vindo a ser reiteradamente dito nos últimos tempos que uma retoma de 20% dos índices face aos seus mínimos não significa necessariamente o fim do "bear market".
"As escaladas dentro de um mercado urso são situações que se observam antes de os mercados começarem a recuperar", comentou recentemente à CNN Business uma estratega de mercados globais do JP Morgan Asset Management, Samantha Azzarello.
No auge da crise financeira de 2008, houve 11 ‘rallies’ antes de o mercado tocar no fundo e retomar em pleno a sua recuperação – em março de 2009, referiu a mesma analista.
"Temos de internalizar o quão negativos vão ser os dados no segundo trimestre. O mercado poderá voltar a cair quando os dados surpreenderem ainda mais pelo lado negativo", acrescentou.
Por seu lado, o Dow Jones valorizou hoje 2,39% para 23.949,76 pontos e o o Standard & Poor’s 500 avançou 3,06% para 2.846,06 pontos.
A banca norte-americana deu hoje o pontapé de saída no reporte de contas trimestrais. Tanto o JPMorgan como o Wells Fargo apresentaram perdas substanciais e recorreram às suas reservas para evitar mais apuros durante a contração económica decorrente da pandemia de covid-19.
Apesar de tudo, estes maus resultados já eram esperados e o mercado já os estava a descontar.
Além das tecnológicas, a animar a negociação desta terça-feira estiveram também os dados comerciais da China, que foram melhores do que o esperado.