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Movimento de aquisições dá ganhos ligeiros a Wall Street
As bolsas dos Estados Unidos abriram em alta pela terceira sessão consecutiva animadas por um movimento de aquisições, e numa altura em que os investidores aguardam a divulgação das minutas da Fed, marcada para amanhã.
Os principais índices norte-americanos abriram esta terça-feira, 7 de Abril, em alta ligeira impulsionados por um movimento de aquisições, e numa altura em que os investidores especulam sobre o ‘timing’ da primeira subida dos juros desde 2006.
O índice industrial Dow Jones avança 0,21% para 17.919,00 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq ganha 0,1% para 4.922,34 pontos. Já o S&P500 valoriza 0,1% para 2.082,83 pontos.
A FedEx avança 4,01% para 173,36 dólares depois de ter acordado a compra da TNT Express NV por 4,8 mil milhões de dólares. Já a Axalta Coating Systems ganha 5,51% para 29,89 dólares depois de a Berkshire Hathaways ter anunciado que vai comprar 20 milhões das suas acções a filiais do Carlyle Group por 560 milhões de dólares.
"Podemos encontrar-nos novamente na situação estranha em que más notícias económicas podem ser interpretadas como positivas porque atrasam um aumento dos juros", explicou à Bloomberg Philippe Gijsels, director de estratégia do BNP Paribas em Bruxelas. "Cada palavra da Fed vai ser ouvida com atenção, e o mesmo é válido para os dados econômicos, depois de a Fed ter indicado que a subida dos juros está muito dependente dos dados".
A Reserva Federal dos Estados Unidos publica esta quarta-feira, 8 de Abril, as minutas da reunião de 17 e 18 de Março do Comité Federal do Mercado Aberto (FOMC, na sigla inglesa).
Após esta reunião, a Fed retirou a palavra "paciente" do seu discurso sobre a subida das taxas de juro, mas anunciou que não iria ser "impaciente", levando a interpretações divergentes que provocaram uma grande volatilidade nos mercados. Os investidores estarão atentos aos conteúdos das minutas procurando esclarecimentos sobre a possível data de alteração dos juros.
Ontem, o presidente da Reserva Federal de Nova Iorque, William Dudley, disse que o ‘timing’ da primeira subida dos juros desde 2006 "estará dependente de dados económicos e permanece incerto, porque não é possível prever completamente a evolução da economia".
"Prevejo que o ritmo será relativamente lento" na medida em que os ventos contrários do rescaldo da crise financeira "ainda estão em evidência", acrescentou Dudley.