As acções da Mota-Engil atingiram um novo máximo desde Outubro de 2007, acima dos 6 euros, depois da empresa ter anunciado os resultados de 2013 e comunicado mais desenvolvimentos sobre o processo de entrada em bolsa da sua subsidiária africana.

As acções sobem 2,54% para 6,05 euros, tendo registado uma subida máxima de 3,03% para 6,079 euros. A cotada está agora avaliada pelo mercado em 1,22 mil milhões de euros, na 15ª capitalização bolsista mais elevada do PSI-20.

No acumulado do ano as acções valorizam 38,5%, depois de em 2013 terem liderado os ganhos da praça portuguesa, com uma subida de 175,8%.

A Mota-Engil registou em 2013 um resultado líquido de 50,5 milhões de euros, o que representa um aumento de 24% face ao ano anterior. O presidente da construtora revelou aos jornalistas, em conferência de imprensa, que o prospecto para a dispersão da Mota-Engil África vai ser entregue na CMVM em meados de Maio, que a empresa está a estudar a entrada em seis novos mercados em África e que admite colocar gestores em África ou na América Latina.

Na nota de “research” diária que envia aos clientes, o BPI assinala que a principal surpresa negativa nos resultados da Mota-Engil veio da Europa, onde as receitas desceram 61% em termos homólogos no quarto trimestre, “devido ao desempenho fraco em Portugal e na Polónia”.

Ainda assim o BPI assinala que “esta evolução negativa foi parcialmente compensada por receitas acima do esperado na divisão portuguesa de E&S” que obteve receitas 13% acima do previsto.

Quanto aos lucros, o banco de investimento destaca os impactos positivos dos resultados operacionais acima do previsto, o que foi anulado por custos financeiros mais elevados e impostos mais altos que o antecipado.

No que respeita ao processo de admissão da Mota-Engil África à cotação, o BPI diz que não foram reveladas novidades, além do prazo previsto para a divulgação do prospecto de entrada em bolsa.

O CaixaBI considera que "a Mota-Engil apresentou um bom conjunto de resultados operacionais, com a performance do segmento África a destacar-se".