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Banca e Mota-Engil levam bolsa nacional para terreno negativo
O principal índice da praça de Lisboa inverteu a tendência positiva do arranque da sessão e segue agora do lado das perdas. Na Europa, a tendência é mista.
O PSI-20 inverteu a tendência positiva do início da sessão e perde 0,38%, para os 7.067,59 pontos, com seis empresas em terreno positivo e 14 em terreno negativo.
Esta manhã, antes da abertura dos mercados na Europa, a agência de notação financeira Standard & Poor's (S&P) retirou Portugal de creditwatch – vigilância - negativo, o que significa que não deverá fazer alterações no rating do País no curto prazo (ou seja, durante os próximos 90 dias), mas manteve o outlook negativo devido aos riscos de instabilidade social e política. O rating foi mantido em BB mas poderá ser alterado no espaço de seis a 24 meses.
A decisão de alterar o creditwatch reflecte a expectativa de que Portugal pode alcançar as metas orçamentais de 2013 e 2014, isto apesar "dos potenciais impedimentos legais e políticos". No entanto, a agência admite a possibilidade de reduzir o rating da dívida portuguesa ainda durante o ano de 2014 tendo, por isso, mantindo o outlook negativo.
Na Europa, o sentimento é misto, com os principais índices a oscilarem entre ganhos e perdas. Assim, o germânico Dax é o que mais sobe ao valorizar 0,22%, e o índice grego o que mais perde, estando a cair 0,61%.
Por cá, a pressionar o comportamento do PSI-20 está a Mota-Engil, que perde 6,93% para 5,026 euros. Esta sexta-feira, 17 de Janeiro, as acções da Mota-Engil estão a transaccionar em bolsa sem conferir direito a dividendo. Na próxima quarta-feira, 22 de Janeiro, é a data de destaque dos direitos que os accionistas vão receber e que, posteriormente, lhes darão acesso aos títulos da Mota-Engil África.
A Mota-Engil vai dispersar 20% do capital da Mota-Engil África em bolsa, o que corresponde a 20 milhões de acções. As acções da construtora liderada por Gonçalo Moura Martins detidas até 16 de Janeiro darão direito a este dividendo extraordinário que equivale a 0,10334084 acções da Mota-Engil África.
Ainda no sector da construção, mas fora do PSI-20, a Teixeira Duarte que ontem encerrou a subir mais de 14% segue agora em terreno negativo, perdendo 1,67% para 1,18 euros. A valorização desta empresa ontem, dia 16 de Janeiro, deveu-se à celebração de um contrato na Venezuela no valor de 3,4 mil milhões de euros. Já a Soares da Costa, que ontem comunicou à CMVM a adjudicação de uma obra em Moçambique, segue a somar 1,69% para 0,60 euros.
A pressionar o sentimento do PSI-20 está também o sector financeiro. O BPI é o banco que mais cai, perdendo 1,83% para 1,45 euros, seguido do Banif, que desliza 1,61% para 0,0122 euros. O BES perde 0,80% para 1,238 euros. Esta sexta-feira, o Negócios escreve que o BES adoptou um conjunto de medidas para defender a solidez da instituição. Já o BCP perde 0,53% para 0,186 euros.
Na energia, a tendência é mista, com a Galp Energia a perder 0,21% para 11,795 euros. O Negócios avançou ontem, dia 16 de Janeiro, que a petrolífera é a sétima maior produtora de petróleo no Brasil. De Outubro para Novembro o grupo português escalou o “ranking” das maiores petrolíferas a actuar no Brasil, passando do 9º para o 7º lugar, e a subida pode não ficar por aqui: esta semana a plataforma Cidade de Paraty, no campo Lula, duplicou a sua produção de petróleo.
Já a EDP soma 0,25% para 2,853 euros e a EDP Renováveis aprecia 1,36% para 4,46 euros. Esta manhã, a empresa de energias limpas já tocou no valor mais elevado desde Janeiro de 2012, quando negociou nos 4,48 euros. Ontem, esta empresa assegurou o financiamento necessário para o primeiro parque eólico no Canadá, num empréstimo de longo prazo em moeda local e cujo pagamento será feito com recurso os meios gerados pelo projecto.
Nas telecomunicações, apenas a Portugal Telecom segue em terreno positivo, apreciando 0,34% para 3,562 euros. Já a Zon Optimus cede 0,45% para 5,269 euros e a Sonaecom desliza 0,28% para 2,51 euros.
No retalho, a Jerónimo Martins cai 1,08% para 13,30 euros e a Sonae perde 1,75% para 1,238 euros.
No papel, a tendência é mista. A Semapa, que esta manhã já tocou no valor mais elevado desde Maio de 2008 quando negociou no 9,48 euros, segue a avançar 0,75% para 9,483 euros. Ontem, o Caixa BI reviu o avaliação desta empresa. Para o banco, o novo preço-alvo para os próximos 12 meses é de 9,60 euros, o que representa uma subida de 57% face ao anterior “target” de 6,10 euros. O potencial de valorização é, contudo, de apenas 2,1% tendo em conta que os títulos encerraram a sessão desta quinta-feira, 16 de Janeiro, nos 9,40 euros.
Ainda no sector, a Portucel sobe 0,13% para 3,144 euros e a Altri cede 0,47% para 2,527 euros.
(Notícia actualizada às 9h50)