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Metade da Mota-Engil África desapareceu em apenas 16 sessões

Acções da subsidiária africana da construtora foram entregues aos investidores sob a forma de dividendo. Depois da pressão vendedora inicial, a forte queda dos preços do petróleo elevou a queda dos títulos da empresa para 50%.

16 de Dezembro de 2014 às 21:40
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A Mota-Engil África é a mais recente cotada nacional em bolsa. Não está em Lisboa – as acções foram admitidas em Amesterdão –, mas a tendência negativa é a mesma. Até mais expressiva: desde a estreia acumula uma queda de 50%. Uma descida explicada, em grande parte, pela forte desvalorização do petróleo que põe em risco novas encomendas em Angola.

 

Depois de fracassada a tentativa de dispersão no Verão, por causa do Banco Espírito Santo (BES), a Mota-Engil acabou por adiar o aumento de capital, mas colocou as acções da subsidiária em bolsa. Logo no arranque, a "caça" ao dinheiro do dividendo colocou pressão nas acções que entraram no mercado com um valor de 11,50 euros. Menos de um mês depois, valem bem menos.


Em 16 sessões, apenas valorizou em duas. Sofreu, nas últimas sessões, quedas que levaram as acções até aos 5,75 euros. Ou seja, a 50% do valor inicial. "A forte queda do petróleo, a instabilidade na Rússia e mais recentemente nas moedas de diversos países em vias de desenvolvimento", explicam a descida, diz Albino Oliveira.


"Esta queda brusca na cotação do petróleo pode eventualmente acabar por afectar o fluxo de novas encomendas da empresa ou a capacidade demonstrada pela empresa para receber os montantes devidos pela execução da carteira de obras da Mota-Engil", remata o analista da Fincor.

 

Angola, o principal mercado da empresa, está já a aplicar medidas de austeridade perante a descida das cotações para mínimos de mais de cinco anos.

 

"Casa-mãe" sofre

 

Os investidores não estão só a perder com a Mota-Engil África. Também como a própria Mota-Engil, a "casa-mãe", há perdas potenciais expressivas.

 

Desde que a subsidiária africana entrou no mercado, a 24 de Novembro, a empresa liderada por Gonçalo Moura Martins acumula uma queda de 41%, estando a negociar no valor mais baixo desde Julho de 2013.

 

Tem sofrido descidas acentuadas que estão agora a ser aproveitas pelos administradores para reforçarem as posições. António Mota, Carlos dos Santos e Maria Meireles, têm estado a comprar.

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