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Mergulho do petróleo afunda Wall Street mas bolsas regressam à tona
As bolsas norte-americanas fecharam praticamente inalteradas face a quarta-feira. A forte queda dos preços do crude nos principais mercados internacionais pressionou os mercados accionistas do outro lado do Atlântico, mas o Nasdaq e o S&P 500 conseguiram encerrar em terreno ligeiramente positivo. Já o Dow Jones registou um recuo muito marginal.
O Dow Jones terminou a sessão desta quinta-feira em baixa muito ligeira, a resvalar 0,03% para 20.951,47 pontos.
Já o Standard & Poor’s 500 encerrou a somar 0,06%% para se fixar nos 2.389,52 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq Composite avançou 0,05% para 6.075,33 pontos.
Depois de ontem ter sido o cobre que mais pressionou a tendência em Wall Street, hoje foi a vez de outra matéria-prima ser a responsável por grande parte das quedas: o petróleo.
As cotações do ouro negro registaram uma grande queda, com o crude de referência norte-americano, West Texas Intermediate, a seguir a cair 5,04% para 45,41 dólares por barril, e o "benchmark" para as importações europeias, o Brent do Mar do Norte, negociado em Londres, a recuar 4,82% para 48,34 dólares.
Este mau desempenho do crude pesou nos títulos ligados à energia, o que não permitiu grandes ganhos em Wall Street.
Nas últimas sessões, a cautela tem sido a palavra de ordem junto dos investidores. O mercado aguarda agora pelo relatório sobre o emprego nos EUA – isto depois de o crescimento do PIB no primeiro trimestre ter saído abaixo do esperado –, que será divulgado esta sexta-feira.
A segunda volta das eleições presidenciais em França no próximo domingo, 7 de Maio, está também a contribuir para a prudência do mercado, se bem que as projecções apontem para que o centrista Emmanuel Macron vença a candidata de extrema-direita, Marine Le Pen.
Com este posicionamento mais avesso ao risco, as subidas e descidas nos principais índices de Wall Street têm sido pouco expressivas. No caso do S&P 500, por exemplo, o índice não mexeu para cima ou para baixo mais do que 0,20% nas últimas sete sessões.
O facto de a Câmara dos Representantes dos EUA ter aprovado o projecto de financiamento do governo federal, ontem ao final do dia, está a dar algum ânimo ao mercado. Falta agora o Senado dar também luz verde, mas há quem avance que na sua presente forma poderá levar um chumbo.
Recorde-se que é necessária a aprovação das duas casas do Congresso para o governo federal dispor de financiamento suficiente para o actual ano fiscal, que termina a 30 de Setembro. Na passada semana, o Congresso acordou financiar por mais uma semana enquanto tenta delinear um acordo que agrade a todas as partes e não coloque os serviços públicos em risco: ou seja, que não entrem em 'sutdown' (paralisação) devido à falta de dinheiro.
(notícia em actualização)