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Tecnologias dão recorde ao Nasdaq e Facebook também atinge máximo histórico
As principais bolsas norte-americanas encerraram em terreno positivo, se bem que o Dow Jones tenha continuado a ser pressionado pelos receios em torno das tensões comerciais entre os EUA e a China. O destaque pela positiva foi para o Nasdaq, que atingiu um novo máximo histórico, à conta da valorização das cotadas de media e tecnologia.
O Dow Jones foi a excepção às subidas hoje do outro lado do Atlântico, tendo fechado a ceder 0,17% para 24.657,80 pontos. Já o Standard & Poor’s 500 avançou 0,17% para 2.767,32 pontos.
Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite ganhou 0,72%, fechando a valer 7.781,52 pontos – depois de durante a sessão ter chegado a tocar nos 7.806,60 pontos, um novo máximo histórico.
O Nasdaq esteve a ser impulsionado pelas cotadas de media e tecnologia, que tiveram hoje os melhores desempenhos em Wall Street.
A Twenty-First Century Fox disparou 7,38% para 48,01 dólares no fecho, depois de a Walt Disney ter melhorado a sua oferta de compra sobre alguns activos da empresa, para 71,3 mil milhões de dólares, superando assim a oferta da Comcast.
O índice de media do S&P 500 avançou 1,1%, com as 14 componentes todas em território positivo. A Viacom subiu mais de 2%, ao passo que a Dish Network e a Discovery avançaram em torno de 1%.
As chamadas FANG – Facebook, Amazon, Apple, Netflix and Alphabet – também negociaram todas em alta, com a empresa dona da rede social de Mark Zuckerberg a estabelecer-se acima dos 200 dólares pela primeira vez e a marcar um máximo histórico nos 203,55 dólares, tendo depois fechado a valer 202 dólares.
Dos principais índices norte-americanos, o Dow Jones foi o que se manteve sob maior pressão devido às tensões comerciais entre os EUA e a China, com as sucessivas ameaças de imposição de tarifas aduaneiras aos produtos de parte a parte.
O Dow – que ontem anunciou que a General Electric deixará de fazer parte do índice a partir de 26 de Junho – acabou assim por encerrar em contraciclo, mas as perdas foram ligeiras.
Na passada sexta-feira, a Casa Branca anunciou que a partir de 6 de Julho iria avançar com as prometidas tarifas aduaneiras sobre a entrada de produtos chineses nos EUA, num valor que ascenderá a 50 mil milhões de dólares.
Pequim reagiu no próprio dia e disse que iria impor tarifas adicionais de 25% sobre 659 produtos norte-americanos avaliados em 50 mil milhões de dólares. As tarifas sobre o equivalente a 34 mil milhões de dólares de produtos americanos entrarão em vigor a 6 de Julho. As tarifas sobre os restantes produtos, até que o valor atinja os 50 mil milhões de dólares, serão anunciadas mais tarde.
O presidente norte-americano, Donald Trump, declarou no próprio dia que decretaria medidas adicionais se Pequim retaliasse. E assim foi. Esta terça-feira, 19 de Junho, Trump ameaçou impor uma tarifa de 10% sobre o equivalente a mais 200 mil milhões de dólares em importações de produtos chineses. A China advertiu que irá reagir em conformidade (qualitativa e quantitativamente).