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Martifer dispara 12% para máximos de 2019 com aposta no hidrogénio

A empresa dos irmãos Martins e da Mota-Engil integra um mega consórcio pan-europeu que se propõe avaliar a viabilidade do projeto H2 Sines, que visa implementar um cluster industrial de produção de hidrogénio verde com base na cidade do litoral alentejano.

A Martifer está a reagir em forte alta na bolsa à inclusão da companhia no consórcio da Galp, EDP, REN e Vestas para explorar um projeto de hidrogénio em Sines.

As ações sobem 5,48% para 0,462 euros, sendo que esta manhã já estiveram a disparar 11,87% para 0,49 euros, o que representa o valor mais elevado desde maio de 2019. Desde o início do ano as ações da cotada ganham 21,9%, elevando a capitalização bolsista da empresa dos irmãos Martins e da Mota-Engil para 46,2 milhões de euros.

Além da forte subida das cotações, a liquidez da empresa liderada por Pedro Duarte (na foto) também é elevada. Foram transacionadas 207 mil ações nas duas primeiras horas de negociação, o que compara com a média diária dos últimos seis meses de 32 mil ações.


A Martifer, Galp, EDP, REN e Vestas fazem parte de um mega consórcio pan-europeu que se propõe avaliar a viabilidade do projeto H2 Sines, que visa implementar um cluster industrial de produção de hidrogénio verde com base em Sines, num investimento que está estimado em 1,5 mil milhões de euros até 2030.

As ações da parceira da Martifer estão em terreno negativo. A Galp Energia desce 2,85% para 9,836 euros e a EDP recua 1,13% para 4,639 euros.

Numa primeira fase, o consórcio formado pela EDP, a Galp, a REN, a Martifer e a dinamarquesa Vestas, a que se juntam "diversos parceiros europeus", prevê "a instalação de um projeto-piloto de 10MW de eletrólise que, ao longo da corrente década, possa, em função de critérios económicos e tecnológicos, evoluir até 1GW de capacidade de eletrólise, suportados, a prazo, por cerca de 1,5GW de capacidade de geração de energia elétrica renovável para alimentação dos eletrolisadores".

O H2 Sines, enfatiza o grupo presidido por Carlos Martins, "pretende alavancar as vantagens competitivas dos recursos naturais endógenos renováveis, contribuindo para a reindustrialização das economias portuguesa e europeia numa base mais sustentável, bem como para o equilíbrio da balança comercial", garantindo que a produção de hidrogénio verde contemplado pelo projeto "integra e otimiza toda a cadeia de valor, incluindo a geração de eletricidade renovável, a produção de hidrogénio e a sua distribuição, transporte, armazenamento, comercialização e exportação".

O H2Sines é um dos 37 projetos, de um total de 74 manifestações de interesse, que foram selecionados pelo Governo para integrar uma futura candidatura portuguesa ao estatuto IPCEI - Projeto Importante de Interesse Europeu Comum, e representam um investimento de cerca de nove mil milhões de euros, mais de metade dos 16 mil milhões em que estava orçado o bolo dos 74.

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