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Lisboa negoceia no valor mais baixo desde Setembro de 1999
A Bolsa nacional, às 12h40, seguia a descer em linha com as congéneres europeias. O PSI30 recuava 2,88% e o PSI20 perdia 2,86%, a negociar no valor mais baixo desde Setembro de 1999.
O PSI20 negociava nos 4.306,26 pontos e o PSI30 marcava 9.514,86 pontos, enquanto o Euro Stoxx 50 caía 3,06% para cotar nos 3.777,48 pontos. O principal índice nacional apresentava nove empresas a transaccionarem nos valores mais baixos do ano.
«O nosso mercado está simplesmente a seguir a queda europeia, com uma liquidez insignificante de 37,9 milhões de euros (7,6 milhões de contos). O que é preocupante é a queda do Dow Jones que, tendo quebrado a barreira dos 9.500 pontos, podemos assistir a uma inversão da tendência de subida, dos últimos sete ou oito anos», explicou um operador ao Canal de Negócios.
A Portugal Telecom (PT) desvalorizava 3,85% para os 9,48 euros (1.901 escudos) enquanto a participada PT Multimedia atingia o valor mais baixo de sempre nos 15,67 euros (3.142 escudos), o que representa uma quebra de 4,03% face ao preço de fecho de ontem. A empresa liderada por Eduardo Martins desvalorizou mais de 82% no último ano.
No universo «dotcom», a subsidiária do Grupo PT caía 4,74% para os 3,82 euros (766 escudos), depois de cotar nos 3,81 euros (764 escudos), um novo mínimo histórico. A Sonae.com recuava 5,52% para os 4,96 euros (994 escudos), tendo atingido um mínimo histórico nos 4,94 euros (990 escudos).
A Telecel derrapava 4,04% para os 11,16 euros (2.237 escudos), depois de ter atingindo hoje o mínimo do último ano, nos 11,10 euros (2.225 escudos).
A Electricidade de Portugal (EDP) perdia 3,56% para os 3,04 euros (609 escudos), no dia em que o «Jornal de Negócios» avança, citando um objectivo da comissária europeia para a Energia, Loyola de Palacio, que a liberalização total do mercado de gás e electricidade dentro da União Europeia está prevista para 2005.
«Os institucionais estão com carteiras muito penalizadas pela queda das tecnológicas e estão a realizar dinheiro nos títulos da economia tradicional, para obterem liquidez e escolherem o melhor “timing” para regressar ao mercado quando a confiança for restabelecida, e aproveitar algumas acções que neste momento estão muito baratas» adiantou o mesmo operador.
A Impresa descia 5% para os 4,75 euros (952 escudos), depois de ter negociado na sessão de hoje num mínimo histórico nos 4,70 euros (942 escudos). Pinto Balsemão, presidente da Impresa, revelou hoje ao Canal de Negócios não se mostrar «preocupado» com a queda da cotação, que atribui mais a influências sectoriais.
A Pararede desvalorizava 3,29% para os 2,06 euros (413 escudos), enquanto a Cofina perdia 7,03% para os 1,72 euros (345 escudos).
A Sonae SGPS caía 4,88 para os 1,17 euros (235 escudos), no dia em que transaccionou a 1,13 euros (227 escudos), o valor mais baixo das últimas 52 semanas.