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Lisboa longe dos ganhos europeus. Pharol afunda
Os principais pesos-pesados terminaram a sessão em terreno negativo, conduzindo o PSI-20 para um movimento contrário ao dos pares europeus, numa altura em que os investidores centram atenções nas eleições em França.
A bolsa nacional fechou em queda, pressionada pelo desempenho negativo de todos os pesos-pesados, que levaram o PSI-20 a contrariar os ganhos das praças europeias.
O principal índice accionista português fechou a cair 0,55% para 4.906,62 pontos, com 11 cotadas em terreno negativo, oito em alta.
Nas praças europeias o dia foi positivo, embora com ganhos ligeiros (o Stoxx600 subiu 0,23%), numa altura em que os investidores estão de olhos postos em França e que o optimismo se deve aos resultados da última sondagem para a primeira volta das presidenciais, que se realiza esta domingo, 23 de Abril.
Se nas sondagens mais recentes Emmanuel Macron estava a liderar com uma ligeira vantagem sobre a candidata anti-euro Marine Le Pen, algo que tem gerado receios nos investidores dada a elevada abstenção projectada nas sondagens, a que foi conhecida esta quinta-feira, 20 de Abril, mostra uma distância maior entre estes dois candidatos.
O centrista Emmanuel Macron surge na sondagem realizada pela Harris Interactive com 25% dos votos na primeira volta das presidenciais. Marine Le Pen recolhe, de acordo com este inquérito citado pela Reuters, 22% dos votos. François Fillon e Jean-Luc Mélenchon ficam empatados, com cada um a recolher 19% das intenções de voto.
Em Lisboa a maior queda foi protagonizada pela Pharol, que afundou 8,85% para 0,309 euros, depois de um tribunal da Holanda ter determinado a falência dos veículos da Oi em território holandês. Contudo, as acções da cotada aliviaram de quedas mais fortes (chegaram a cair perto de 20%) depois da Pharol ter garantido que a decisão judicial na Holanda não tem qualquer impacto na recuperação judicial da Oi, na empresa portuguesa, bem como nos obrigacionistas a PT Bv.
Mas foram os pesos pesados que pressionaram o PSI-20, já que fecharam todos em terreno negativo. O BCP recuou 1,01% para 18,7 cêntimos, isto depois de ontem ter disparado quase 6%, a acompanhar o sentimento que imperou entre o sector financeiro europeu.
A Jerónimo Martins, que esta tarde após o fecho do mercado apresenta os seus resultados relativos ao primeiro trimestre, perdeu 1,12% para 16,30 euros.
Na energia, a Galp desvalorizou 0,63% para 14,275 euros, numa sessão que até foi de recuperação dos preços do petróleo.
A EDP recuou 1,23% para 3,047 euros. Na edição desta quinta-feira, o Negócios escreve que António Mexia saiu em defesa da oferta apresentada pelo grupo EDP aos accionistas minoritários da EDP Renováveis. A EDP Renováveis caiu 0,19% para 6,90 euros.
No sector do papel, a Altri liderou os ganhos, crescendo 2,42% para 4,226 euros, continuando a beneficiar do bom momento do sector da pasta e papel, devido aos aumentos de preços da matéria-prima.
(notícia actualizada às 16:50 com mais informação)