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Lisboa acorda otimista. Setor do papel em alta

Quase todas as cotadas do PSI valorizavam na abertura - seis delas acima de 1%. Quem mais sobe é a Semapa, num dia de ganhos para o setor do papel. A EDP Reonováveis recupera de mínimos de quatro anos.

A principal montra do mercado acionista português valorizou 16,1% em 2023, incluindo os dividendos distribuídos aos acionistas.
Tiago Sousa Dias
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A bolsa de Lisboa acordou em terreno positivo, com o índice de referência, o PSI, a avançar 0,69% para 6.377,81 pontos, num dia em que as principais praças europeias abertas a esta hora se encontram mistas. Das 15 principais cotadas, 13 negociavam em alta na abertura da negociação e, destas, seis registavam ganhos acima de 1%.

Quem mais ganha é a Semapa, com um avanço de 2,46% para 14,18 euros, depois de, na semana passada, ter anunciado um aumento de 8,6% nos lucros, para 182 milhões de euros, até setembro. Mas todo o setor do papel mostrava um desempenho positivo: a Altri subia 1,24% para 5,06 euros e a Navigator valorizava 1,16% para 3,484 euros.

A segunda cotada que mais subia no arranque da negociação era a EDP Renováveis, com uma valorização de 1,33% para 11,39 euros, depois de na quarta-feira ter fechado a sessão a cair 11,8% e ter atingido mínimos de quatro anos. A casa-mãe EDP também recupera, subindo 1,17% para 3,360 euros, após um recuo superior a 7% no fecho de ontem. O grupo foi pressionado na quarta-feira pela queda de 53% dos lucros nos primeiros nove meses do ano da Renováveis e pela vitória de Trump nos EUA, onde se receia que possa reverter políticas de apoio ao setor eólico "offshore".

Contudo, o CEO da EDP, Miguel Stilwell d'Andrade, numa chamada telefónica com analistas após a apresentação de resultados que espera que a EDPR continue a registar um "forte crescimento" no país, apesar da eleição do candidato republicano.

Entre os pesos-pesados que ganhavam esta manhã estavam ainda a Galp, que subia 0,94% para 16,07 euros, contrariando os preços do petróleo que negoceia em baixa ligeira esta manhã. Com a incerteza em relação a um parceiro no projeto da Namíbia como pano de fundo, a AlphaValue/Baader decidiu rever em baixa o preço-alvo da petrolífera para 31,70 euros face a 32,10 euros, mantendo contudo a recomendação de "comprar".

Também a Jerónimo Martins valorizava 0,73% para 18,06 euros e a Sonae 0,33% para 0,914 euros, em sentido contrário ao setor do retalho europeu.

Ainda em alta estavam a Nos (+1,05%), os CTT (+0,58%), a Mota-Engil (+0,48%), a REN (+0,44%) e a Ibersol (+0,27%).

A Corticeira Amorim mantinha-se inalterada.

O BCP é a única cotada em queda esta manhã, registando uma descida de 0,16% para 0,4460 euros.

Notícia atualizada

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