O principal índice da bolsa nacional deprecia 0,33% para 7.137,04 pontos com nove acções em alta, dez em queda e uma inalterada. Na Europa, à excepção do IBEX, o dia também é de desvalorizações, num dia em investidores estarão atentos aos indicadores económicos que serão divulgados na Europa. A divulgação da taxa de inflação deverá dominar as atenções dos mercados na sessão de hoje. As estimativas dos economistas consultados pela agência Bloomberg apontam para um abrandamento do índice de preços no consumidor, no mês de Maio, de 0,7% para 0,6%. Este indicador é conhecido dois dias antes da reunião de Junho do Banco Central Europeu (BCE).

Por cá, as quedas de 1,71% para 0,98 euros do BES e de 1,04% para 0,1902 euros do BCP vão pressionando o PSI-20, bem como o Banco BPI, que cai 0,74% para 1,75 euros.

Os direitos de subscrição do aumento de capital do BES descem 3,57% para 13,5 cêntimos. Já os títulos do ESFG estão a subir 0,22% para 2,747 euros, depois de ontem ter sido noticiado que a Procuradoria do Luxemburgo abriu esta segunda-feira, 2 de Junho, um inquérito a três empresas do Grupo Espírito Santo. Na mira das autoridades estão as "irregularidades materialmente relevantes" detectadas na Espírito Santo International, que não contabilizou 1.200 milhões de euros de dívida.

O Banif cai 3,36% para 1,15 cêntimos. A operação de aumento de capital do banco liderado por Jorge Tomé terminou na sexta-feira, 30 de Maio, e os pormenores foram divulgados ontem. O banco revelou esta segunda-feira que 13.812 accionistas participaram no aumento de capital, 6.690 são novos investidores, ou seja, um aumento de 25%.

Além disso, Teresa Roque, herdeira do fundador do Banif, admite participar no esforço para recomprar a posição do Estado. Gestão liderada por Jorge Tomé quer adquirir 250 milhões de acções ao Estado no prazo de um ano.

Determinante para a tendência está também a ser a Jerónimo Martins com uma desvalorização de 0,32% para 12,41 euros. Ainda no retalho, a Sonae SGPS soma 0,23% para 1,30 euros.

A travar maiores perdas estão os sectores energético e das telecomunicações. Na energia, a Galp Energia soma 0,19% para 13,07 euros enquanto a EDP e a EDP Renováveis avançam 0,14% para 3,52 euros e 0,16% para 5,128 euros, respectivamente. A EDP foi o único comercializador de electricidade a crescer no mercado liberalizado em Abril, entre os seis maiores operadores.

Segundo a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), a EDP reforçou a sua quota em meio ponto, passando de 45,7% em Março para 46,2% em Abril, mês em que nenhum dos seus principais concorrentes conseguiu crescer.

Já nas telecomunicações, a PT ganha 0,19% para 2,698 euros enquanto a Zon Optimus avança 0,14% para 4,977 euros.