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Jerónimo Martins e Galp Energia levam bolsa para terreno positivo
As valorizações das acções da Jerónimo Martins e da Galp Energia anularam a queda registada pelos títulos do BCP e da REN, numa sessão que está a ser de sinal negativo na Europa.
A Bolsa nacional abriu a semana em queda mas já conseguiu inverter para terreno positivo, contrariando o comportamento das principais praças europeias, numa sessão em que os investidores vão estar de olhos postos na reunião do Eurogrupo.
20 minutos depois da abertura da sessão o PSI-20 está a valorizar 0,23% para 6.123,98 pontos, com oito cotadas em alta, oito em queda e duas sem variação. Nas praças europeias a tendência mantém-se negativa, com os investidores à espera dos resultados de mais uma reunião do Eurogrupo sobre a Grécia, embora as expectativas apontem para que não seja selado um acordo entre os ministros das Finanças, pois não houve ainda entendimento a nível técnico sobre as medidas que Atenas terá que tomar para receber um financiamento de 7,2 milhões de euros.
A impulsionar agora a praça portuguesa está a Jerónimo Martins, com uma subida de 2,36% para 13,255 euros, depois da Berenberg ter elevado a recomendação da cotada de "vender" para "comprar", embora o preço-alvo (12 euros) permaneça abaixo da actual cotação. As acções estão a beneficiar com as notícias que dão conta de negociações para fusão entre a Delhaize e a Ahold, sendo que esta última é parceira da empresa portuguesa, devido à posição de 49% que detém na Jerónimo Martins Retalho.
A Galp Energia soma 1,51% para 11,80 euros numa sessão em que o petróleo negoceia em alta ligeira nos mercados internacionais. A terceira cotada mais influente no andamento do PS-20 está também em alta, com as acções da EDP a subirem 0,38% para 3,664 euros.
A Altri valoriza 0,97% para 3,963 euros depois de na sexta-feira ter anunciado que os lucros do primeiro trimestre quase triplicaram. A Corticeira Amorim ganha 0,24% para 4,10 euros depois de ter anunciado que os lucros do primeiro trimestre subiram 41%.
A impedir uma subida mais acentuada da praça portuguesa está o Banco Comercial Português, no dia em que os seus accionistas vão reunir em assembleia geral, sendo que um dos pontos da ordem de trabalhos é a troca de dívida por capital. As acções recuam 1,9% para 8,8 cêntimos.
A REN também pressiona o PSI-20, com as acções a cotarem nos 2,72 euros, uma queda de 6,17% face ao fecho de sexta-feira. Os títulos estão a descontar esta segunda-feira o valor do dividendo (17,1 cêntimos) que vai pagar aos accionistas. Sem ter em conta este desconto, as acções estariam também em terreno negativo, no dia em que a companhia anunciou que os lucros do primeiro trimestre aumentaram 50% para 39,4 milhões de euros.