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Jerónimo Martins, banca e energia pressionam bolsa nacional
O índice de referência nacional marcou a sétima semana consecutiva de desvalorizações, a mais longa série de perdas semanais desde Maio/Junho de 2011, período marcado pelo pedido de ajuda externa.
A bolsa lisboeta fechou em baixa, a perder mais de 2%, acompanhando o movimento negativo no resto da Europa, pressionada sobretudo pela banca e energia. Nas restantes praças do Velho Continente, as quedas foram generalizadamente superiores a 2%, numa altura em que se intensificam os receios de que o abrandamento económico na China pese na economia global.
Por cá, o PSI-20 encerrou a ceder 2,10% para 5.057,37 pontos, com todas as cotadas em baixa.
A Jerónimo Martins foi o título que mais contribuiu para a má performance da bolsa nacional. A dona do Pingo Doce fechou em baixa de 1,82% para 11,90 euros.
Ainda no retalho, a Sonae deslizou 3,21% para se fixar nos 1,086 euros.
A Galp Energia também castigou a praça lisboeta, ao depreciar-se em 4,37% para 8,98 euros. Isto num dia em que os preços do petróleo descem mais de 2% nos principais mercados internacionais, devido à crescente especulação de que a Reserva Federal norte-americana poderá mesmo avançar para uma subida da taxa de juro de referência já na reunião deste mês.
A valorização do dólar também está a penalizar o petróleo, que é negociado nesta moeda e que perde assim a sua atractividade como investimento alternativo – numa altura em que o excesso de oferta mundial continua igualmente a pesar.
Ainda no sector energético, a REN recuou 1,36% para 2,614 euros. Já a EDP desvalorizou 1,45% para 3,065 euros e a sua subsidiária para as energias renováveis perdeu 2,17% para 5,87 euros, no dia em que o El Confidencial noticiou que a empresa portuguesa liderada por Manso Neto está a preparar a entrada na bolsa espanhola, em Outubro, de uma nova filial de energias renováveis com uma capacidade instalada de quase 1.000 megawatts.
A banca também pesou negativamente no desempenho da praça lisboeta, com destaque para o BPI, que mergulhou 4,37% para 0,876 euros.
O Banif, por seu lado, afundou 9,80% para 0,046 euros, estabelecendo assim um novo mínimo histórico.
Já o BCP recuou 3,26% para 0,0564 euros. O jornal polaco Gazeta Wyborcza avançou esta sexta-feira que o projecto de lei que prevê a conversão dos empréstimos à habitação indexados ao franco suíço para a moeda polaca poderá não avançar. Esta medida poderia custar ao BCP mais de 300 milhões de euros.
A Pharol, nova designação desde Junho da antiga PT SGPS, perdeu 1,20% para encerrar a valer 0,247 euros.
A Nos, por seu turno, terminou a recuar 0,14%% para 7,091 euros.
(Notícia actualizada às 16h53)