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Jerónimo e Sonae contribuem para queda do PSI-20
Foi um dia negativo nas bolsas europeias na sequência do ataque em Nice. A bolsa portuguesa caiu com a Sonae a afundar quase 5%. A Pharol afundou depois de dois dias em forte alta. A Mota-Engil voltou a ganhar terreno.
A bolsa portuguesa caiu. O retalho foi o que mais prejudicou mas também a Pharol conduziu Lisboa para as quedas num dia em que, na Europa, a negociação seguiu com pessimismo.
O PSI-20 caiu 0,51% para 4.561,71 pontos enquanto o índice geral Stoxx Europe 600 perdeu 0,3% num dia de quebras para todos os sectores, com destaque para os relacionados com o turismo. O ataque feito com um camião em Nice, que causou mais de 80 mortos, trouxe algum receio para os investidores.
Em Lisboa, foram as empresas ligadas ao retalho que mais contribuírem para as quedas. A Sonae marcou um dos deslizes mais intensos, ao recuar 4,74% para 0,643 euros. Já a Jerónimo Martins perdeu 1,59% para 13,97 euros.
A queda mais expressiva foi, contudo, da Pharol. A companhia, principal accionista da brasileira Oi, cedeu 7,33% para 0,177 euros depois de dois dias a subir mais de 13%. A empresa está em recuperação judicial, de forma a evitar a insolvência, e tem em cima da mesa o pedido e um accionista para afastar a actual administração.
Banca mista com BCP a cair e BPI a subir
Quem também perdeu terreno na sessão desta sexta-feira foi o Banco Comercial Português. A instituição financeira liderada por Nuno Amado, que já questionou a Comissão Europeia sobre a injecção de capital a ser feita na concorrente Caixa Geral de Depósitos, caiu 2,53% para 1,93 cêntimos por acção, mantendo-se abaixo da fasquia dos 2 cêntimos que havia superado esta semana. Esta semana, a acção foi penalizada pela nota de análise do Haitong Bank a prever necessidades de capital de até 3,9 mil milhões de euros.
A banca esteve mista já que o BPI somou 1,17% para 1,126 euros, estando acima da contrapartida paga pelo CaixaBank na oferta pública de aquisição (1,113 euros).
Tal como o BPI, a Galp Energia também contrariou as perdas, ao somar 0,52% para 12,675 euros. Foram divulgados os dados operacionais preliminares da empresa onde houve a área de produção ganhou terreno mas a de refinação e distribuição cedeu.
A Mota-Engil ganhou 4,02% para 1,683 euros, depois de ontem ter já disparado 7%. Esta semana, a construtora sob o comando de Gonçalo Moura Martins ganhou novos contratos de 380 milhões.
(Notícia actualizada às 16:58 com mais informações)