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Intel e Amazon arrastam Wall Street para terreno negativo

As principais bolsas norte-americanas encerraram em baixa, pressionadas sobretudo por cotadas do sector tecnológico. A Intel pressionou, após a demissão do CEO, e a Amazon também penalizou devido a um acórdão na Justiça dos EUA que diz que os Estados norte-americanos podem obrigar as retalhistas online a pagarem impostos sobre as vendas.

Reuters
21 de Junho de 2018 às 21:31
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O Dow Jones encerrou a cair 0,80% para 24.461,70 pontos e o Standard & Poor’s 500 cedeu 0,63% para 2.749,76 pontos.

 

Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite recuou 0,88%, fechando a valer 7.712,95 pontos – depois de ontem ter chegado a marcar um novo máximo histórico nos 7.806,60 pontos.

 

Depois de ontem o Nasdaq ter sido impulsionado pelas cotadas de media e tecnologia, que tiveram os melhores desempenhos em Wall Street, hoje foram as tecnológicas que mais pesaram na performance.

 

A Intel fechou a desvalorizar 2,38% para 52,19 dólares, castigada pelo facto de Brian Krzanich ter anunciado que vai abandonar a liderança da empresa, depois de uma investigação interna ter revelado que o CEO manteve uma relação amorosa com uma funcionária.

 

Também a Amazon pesou negativamente na tendência desta quinta-feira, a recuar 1,13% para 1.730,22 dólares. Isto no dia em que o Supremo Tribunal dos EUA decretou que os Estados norte-americanos podem obrigar as retalhistas online a pagarem impostos sobre as vendas.

 

O Supremo dos EUA determinou que os Estados pode forçar as empresas de comércio electrónico a pagarem (potencialmente) milhares de milhões de dólares em impostos sobre as vendas realizadas no seu território.

 

Este acórdão retira uma grande vantagem às retalhistas online sobre as empresas com lojas físicas.

 

O Supremo deu razão ao Dakota do Sul depois de três retalhistas online – Wayfair, Overstock e Newegg – que vendem naquela zona terem desafiado o pedido de cobrança de impostos sobre as suas vendas e deitou assim por terra um precedente de 1992 que proibia os Estados de exigirem o pagamento de impostos às empresas "sem presença física" naquele Estado.

 

As três empresas em questão – às quais se juntaram a Etsy e eBay – perderam terreno e a Amazon acabou por liderar as perdas do sector, dados os receios de que este acórdão leve outros Estados a quererem também cobrar impostos sobre as vendas realizadas no âmbito do comércio electrónico.

 

Esta decisão da Justiça abre caminho a um fluxo adicional de receitas para os cofres estaduais – segundo um relatório federal citado pela Reuters, esse valor pode ascender a 13 mil milhões de dólares.

 

Neste momento, 45 dos 50 Estados norte-americanos já cobram impostos sobre as vendas das retalhistas online.

 

Este acórdão segue-se às fortes críticas do presidente norte-americano, dirigidas à Amazon, que é a líder neste sector. Donald Trump apontou a mira à retalhista liderada por Jeff Bezos, dizendo que penalizava o país ao pagar impostos inferiores ao que devia.

 

A Amazon paga actualmente impostos sobre as compras directas no seu website, mas não paga sobre a mercadoria vendida por terceiros na sua plataforma – e isso representa cerca de metade das suas vendas totais.

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