Notícia
Turquia: impasse eleitoral coloca mercados em queda. Lira turca desvaloriza
A Turquia foi a votos este domingo, mas tudo indica que nenhum dos candidatos - Erdogan e Kilicdaroglu - conseguiu a percentagem necessária para vencer. País deverá voltar às urnas a 28 de maio. No entretanto, investidores fogem ao risco e da dívida soberana do país.
A incerteza sobre quem será o próximo presidente da Turquia está a lançar ainda mais volatilidade nos mercados do país, com o principal índice bolsista turco em queda e os juros da dívida soberana em dólares a dispararem.
Depois de uma ida às urnas este domingo - que, até à data, se mostra inconclusiva -, o mais provável é que os turcos tenham de voltar a votos no dia 28 de maio para eleger o presidente do país. Na corrida estão o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, e Kemal Kilicdaroglu - sendo que, com praticamente todos os votos contados, nenhum dos dois parece ter conseguido a percentagem suficiente de votos para vencer as eleições, mais de 50%.
As apostas de que o país poderia estar perto de uma reversão das políticas orçamentais de Erdogan - que resultaram na maior crise inflacionista em décadas no país e uma fuga de capital internacional - levaram nas últimas semanas a uma aposta dos investidores nas obrigações e ações na Turquia. Contudo, com os resultados a indicar a necessidade de uma segunda ronda, os mercados turcos seguem em queda.
Os juros da dívida soberana com maturidade a dez anos em dólares estão a agravar-se 91,7 pontos base para 9,071%, sendo que a um prazo mais curto seguem a subir mais de 100%, o que sinaliza receio dos investidores quanto à capacidade do país em cumprir os seus pagamentos.
Já a bolsa turca, o índice Borsa Istanbul 100, segue a perder 2,59% para 4.671,28 pontos, depois de durante a manhã ter chegado a desvalorizar mais de 6%, enquanto a moeda oficial do país segue também a cair, mesmo depois de, segundo revelaram fontes conhecedoras do tema à Bloomberg, os bancos estatais terem intervindo para limitar as perdas. A lira turca está ser negociada a 19,6 unidades por dólar, um dos níveis mais baixo de sempre em relação à nota verde.
Os analistas ouvidos pela Bloomberg classificam a necessidade de uma segunda ronda eleitoral como "um dos piores resultados" e "uma desilusão".
"Se estes resultados se mantiverem, será um dos piores resultados para os mercados", defende Ogeday Topcular, da RAM Capital, justificando que isto trará duas semanas de incerteza. "O balanço de contas do Banco Central está numa situação terrível e esta incerteza pode criar uma maior procura por moedas fortes", acrescenta.
Também Simon Harvey, analista na Monex Europe, defende que "a incerteza continuada sobre o futuro macroeconómico levará a uma depreciação sustentada da lira, embora a um ritmo mais lento devido ao controlo de capital em curso".
Hasnain Malik, analista na Tellimer, diz que existe "uma grande desilusão" para os investidores que esperavam a vitória de Kilicdaroglu e a "reversão do país para uma política económica ortodoxa".
Depois de uma ida às urnas este domingo - que, até à data, se mostra inconclusiva -, o mais provável é que os turcos tenham de voltar a votos no dia 28 de maio para eleger o presidente do país. Na corrida estão o atual presidente, Recep Tayyip Erdogan, e Kemal Kilicdaroglu - sendo que, com praticamente todos os votos contados, nenhum dos dois parece ter conseguido a percentagem suficiente de votos para vencer as eleições, mais de 50%.
Os juros da dívida soberana com maturidade a dez anos em dólares estão a agravar-se 91,7 pontos base para 9,071%, sendo que a um prazo mais curto seguem a subir mais de 100%, o que sinaliza receio dos investidores quanto à capacidade do país em cumprir os seus pagamentos.
Já a bolsa turca, o índice Borsa Istanbul 100, segue a perder 2,59% para 4.671,28 pontos, depois de durante a manhã ter chegado a desvalorizar mais de 6%, enquanto a moeda oficial do país segue também a cair, mesmo depois de, segundo revelaram fontes conhecedoras do tema à Bloomberg, os bancos estatais terem intervindo para limitar as perdas. A lira turca está ser negociada a 19,6 unidades por dólar, um dos níveis mais baixo de sempre em relação à nota verde.
Os analistas ouvidos pela Bloomberg classificam a necessidade de uma segunda ronda eleitoral como "um dos piores resultados" e "uma desilusão".
"Se estes resultados se mantiverem, será um dos piores resultados para os mercados", defende Ogeday Topcular, da RAM Capital, justificando que isto trará duas semanas de incerteza. "O balanço de contas do Banco Central está numa situação terrível e esta incerteza pode criar uma maior procura por moedas fortes", acrescenta.
Também Simon Harvey, analista na Monex Europe, defende que "a incerteza continuada sobre o futuro macroeconómico levará a uma depreciação sustentada da lira, embora a um ritmo mais lento devido ao controlo de capital em curso".
Hasnain Malik, analista na Tellimer, diz que existe "uma grande desilusão" para os investidores que esperavam a vitória de Kilicdaroglu e a "reversão do país para uma política económica ortodoxa".