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Haitong: Avaliação do fundo da Noruega à EDP com impacto “neutral por agora”

O fundo soberano da Noruega colocou a EDP sob observação, para analisar se o recurso ao carvão é motivo para excluir a empresa portuguesa do seu portefólio.

Apesar da queda nos lucros, a EDP manteve os dividendos em 18,5 cêntimos por acção, o que corresponde a uma taxa de rentabilidade do dividendo de 6,32%.
Miguel Baltazar
22 de Dezembro de 2016 às 12:52
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A utilização de carvão por parte da EDP levou o fundo soberano da Noruega a colocar a empresa sob observação, para avaliar se pode continuar a investir na empresa. Este veículo de investimento, que detém 2,08% da eléctrica, tem como política não investir em cotadas que tenham elevada dependência do carvão, devido ao seu impacto ambiental. Para o Haitong, "por agora vemos este factor como neutral" para a EDP.

Além da EDP, o Norges Bank, que gere o fundo soberano, colocou mais dez empresas sob observação, entre as quais a Endesa. E decidiu a exclusão efectiva de outras 15 cotadas. No início do ano, o Norges Bank, que controla o fundo, anunciou que não iria ter investimentos em empresas que tivessem mais de 30% das receitas ou da actividade ligada ao carvão térmico.

No entanto, o Haitong refere, numa nota, que para já essa decisão terá um impacto neutral nos títulos. Jorge Guimarães, o analista do banco, explica que os indicadores analisados pelo fundo soberano "são baseados em dados de 2015, que foi um ano muito seco na Península Ibérica o que levou a que estas empresas [EDP e Endesa] tivessem de recorrer a uma maior produção termal". A Haitong refere que no ano passado, o carvão representou 32% da produção de electricidade da EDP, mas que isso se "deveu a factores temporários". E estima que o peso do carvão baixe para 25% este ano.

Fonte oficial da EDP referiu ao Negócios que "nos nove primeiros meses de 2016 o peso do carvão na produção de electricidade do Grupo EDP foi de 24%, pelo que nos mantemos confortáveis quanto ao patamar dos 30%". Considera "natural que o Norges Bank tenha tomado atenção ao impacto resultante da aquisição do aumento da produção a carvão em 2015". Mas defende que "este aumento teve características muito específicas, por um lado, sendo que, por outro, a estratégia e foco de crescimento do Grupo EDP assente em energias renováveis deverá levar a que a situação evolua de forma substancialmente favorável no futuro próximo".

As acções da EDP seguem a descer 0,86% para 2,878 euros.

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