A bolsa de Lisboa fechou em baixa esta terça-feira, seguindo a tendência das principais praças europeias, pressionada pelas cotadas do grupo EDP. A praça lisboeta continua a fase negativa, com ganhos em apenas uma das últimas nove sessões.       

O índice de referência nacional desceu 0,27% para 6.438,64 pontos, com apenas cinco dos seus 15 títulos no verde. O PSI tem agora apenas 15 cotadas, no seguimento da OPA da KKR sobre a Greenvolt, que passou a negociar no índice geral.

A EDP e a EDP Renováveis lideraram as perdas, com quedas de 2,72% para 3,647 euros e de 2,55% para 12,62 euros.

Na segunda-feira, António Mexia e João Manso Neto, ex-CEO da EDP E EDPR, respetivamente, foram acusados de corromper o ex-ministro da Economia Manuel Pinho no âmbito do processo dos Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC). O Ministério Público exige a devolução de 840 milhões de euros que terão sido pagos indevidamente às elétricas.

Ainda a pressionar, esteve o setor do retalho, com quedas de 0,77% para 0,908 euros (Sonae) e 0,59% para 16,73 euros (Jerónimo Martins). A restante cotada no vermelho foi a Mota-Engil, que perdeu 0,32% para 2,486 euros.

Na tabela de ganhos, destaque para o BCP e a Galp. O banco ganhou 0,29% para 0,4045 euros, na véspera de apresentação de resultados e no dia em que a unidade polaca anunciou lucros de 125 milhões até setembro. 

Já a Galp Energia subiu 0,92% para 15,96 euros, apesar de cortes do preço-alvo pelo HSBC, Santander e Alantra, que se juntaram ao CaixaBank e ao JB Capital nas revisões em baixa do "target" das ações da energética.          

O setor do papel registou ganhos expressivos, com subidas de 1,65% para a Semapa e de 1,52% para a Navigator.

Já os CTT subiram 1,20% para 4,22 euros no dia em que apresentam resultados, enquanto a Ibersol liderou a tabela de ganhos com uma subida de 3,37% para 7,36 euros.