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Greenvolt diz que preço oferecido pela KKR é justo

A contrapartida oferecida foi de 8,30 euros por ação, avaliando a empresa liderada por João Manso Neto em 1.155 milhões de euros.

João Manso Neto é CEO da Greenvolt desde 2021, ano da entrada em bolsa.
Phil Boutefeu
18 de Janeiro de 2024 às 23:47
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O conselho de administração da Greenvolt considera justo o preço oferecido pela GVK Omega – , indiretamente detida a 100% por fundos assessorados pela norte-americana Kohlberg Kravis Roberts (KKR) ou pelas suas participadas – para a compra da totalidade das ações da empresa de energias renováveis.

 

A oferta, recorde-se, foi lançada no passado dia 21 de dezembro pelo fundo de investimento em infraestruturas Gamma Lux – gerido pela KKR – e entretanto foi constituída a 3 de janeiro deste ano a sociedade GVK Omega, com sede em Lisboa, para realizar a operação.

 

Num relatório do "board" da Greenvolt, divulgado na noite desta quinta-feira, 18 de janeiro, junto da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), é sublinhado que "a oferta está dentro de um intervalo de preços que captura a valorização da sociedade visada no médio e longo prazo, tendo por base a sua atual estrutura de capital".

 

A contrapartida oferecida foi de 8,30 euros por ação, avaliando a empresa liderada por João Manso Neto em 1.155 milhões de euros.

O conselho de administração da Greenvolt "entende que o preço apresentado pela oferente é justo", considerando, no essencial, que a contrapartida "representa um prémio de 95,3% face ao preço de subscrição das ações no âmbito da abertura de capital e de 47,7% face ao preço de subscrição das ações no âmbito do aumento de capital 2022".

 

Considera também que essa mesma contrapartida "representa um prémio de 11,4% face à cotação do dia anterior ao da publicação do anúncio preliminar e um prémio de 32,1% face à cotação média ponderada das ações nos seis meses anteriores ao dia da publicação do anúncio preliminar" e que está "em linha com os resultados das ‘fairness opinions’ preparadas pela Lazard e pelo Millenniumbcp, que consideram o valor justo".

A Oferta Pública de Aquisição (OPA) "geral e voluntária" foi lançada depois de a KKR ter chegado a acordo com os sete acionistas de referência da Greenvolt para a compra de 60,86% do capital da empresa de energias renováveis – sendo agora a ideia ficar com o restante capital.

 

"Considerando a informação constante do anúncio preliminar e do projeto de prospeto, a oferente ou partes com ela relacionadas, por via dos contratos de compra e venda de ações e por via da possível conversão das obrigações convertíveis, poderá assegurar uma participação de até 66,63% do capital social e dos direitos de voto da Greenvolt (assumindo que não há aquisição de ações em mercado), refere o "board" da Greenvolt neste seu relatório.

 

Neste cenário, o conselho de administração entende que "a oferta não implica modificações materiais na política de recursos humanos da Greenvolt, reafirmando o compromisso para com os colaboradores da Greenvolt que tem vindo a ser seguido até à presente data".


(notícia atualizada às 00:14 de 19 de janeiro)

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