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Goldman: estão para chegar correções às bolsas, mas investidores não devem sobressaltar-se

Wall Street está, neste momento, perto de 100% acima dos mínimos de 2020. O diretor de gestão de finanças pessoais do Goldman Sachs, Joe Duran, prevê uma correção de 10%, mas sublinha que isso é muito diferente de um mercado urso.

As principais bolsas mundiais registam ganhos em 2021, com mercados como Wall Street e o alemão Dax a renovarem sucessivos recordes.
Courtney Crow/EPA
12 de Agosto de 2021 às 18:22
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As bolsas norte-americanas têm estado a atingir novos máximos históricos, com especial relevo nos últimos dias para o Dow Jones e o Standard & Poor’s 500, estando já em níveis bem distantes dos mínimos tocados em plena pandemia no ano passado.

 

Wall Street está, neste momento, perto de 100% acima dos mínimos de 2020, sublinhou à CNN Business o diretor de gestão de finanças pessoais do Goldman Sachs, Joe Duran.

 

Num típico movimento de expansão, as bolsas sobem cerca de 200%, acrescentou – o que significa que as praças do outro lado do Atlântico podem valorizar mais 100%.

 

No entanto, Joe Duran aponta uma probabilidade de 75% de haver uma correção de 10% nas bolsas. "Mas isso é diferente de um ‘bear market’", sublinhou.

 

Por isso mesmo, Duran frisou à CNN Business que os investidores não devem proceder a jogadas repentinas em caso de correção. "A economia continua a recuperar e estamos ainda muito otimistas, se bem que vá haver correções pelo caminho", apontou.

 

Recorde-se que quando os índices caem mais de 10% desde os últimos máximos, significa que entram no chamado "território de correção". Se perderem 20% desde os últimos máximos é que entram em "mercado urso" (bear market).

 

A propagação da variante delta do coronavírus poderá desacelerar a retoma económica, o que poderá ajudar a acalmar a inflação, considerou o estratega. E, enquanto isso, os gastos decorrentes do pacote de apoio às infraestruturas que foi aprovado esta semana no Senado poderão ajudar muitas ações que não tiveram bom desempenho no pico da pandemia, acrescentou.

Os investidores "devem continuar a manter ações tecnológicas em mãos, mas há que reequilibrar a carteira de investimento, de modo a não colocar todo o peso nos títulos que tiveram boa performance no ano passado", como foi o caso das tecnologias, referiu ainda o responsável do Goldman.

Ontem, o índice industrial Dow Jones terminou o dia a somar 0,62%, para 35.484,97 pontos, o que constituiu um novo recorde de fecho. Durante a sessão marcou um novo máximo histórico nos 35.501,16 pontos.

 

Por seu lado, o Standard & Poor’s 500 avançou 0,25%, para 4.447,70 pontos, valor nunca alcançado num encerramento. Na negociação intradária tocou nos 4.449,44 pontos, nível nunca antes atingido.

 

Em contrapartida, o tecnológico Nasdaq Composite cedeu ligeiramente, mas continua perto do seu máximo de sempre – que está nos 14.896,48 pontos e foi atingido na sessão de 5 de agosto.

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