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Futebol sem brilho na bolsa

A temporada marcada pelo regresso do Manchester United à bolsa, e que terminou com o êxito desportivo das equipas alemãs na Liga dos Campeões, foi mais uma vez uma época pouco conseguida, na bolsa.

Bloomberg
28 de Maio de 2013 às 17:29
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Com a temporada praticamente acabada, investir nos clubes europeus cotados em bolsa voltou a ser menos rentável que aplicar os fundos no conjunto das bolsas europeias, segundo dados da Bloomberg.

 

Durante a temporada de futebol de 2012/2013, que começou dia 1 de Julho, o Stoxx Europe Football, o índice que aglutina os 22 clubes europeus cotados em bolsa, registou perdas de 7,3%. Por comparação, o Europe Stoxx 600 conseguiu ganhos de 21,02%, nesse mesmo período.

 

Esta situação não é nova. Em 2011/2012 o Europe Stoxx 600 registou uma quebra de dois dígitos, 11,8%, ao passo que o Stoxx Europe Football deslizou 37,43%. Em 2010/2011, o índice do futebol europeu teve um desempenho melhor que o Europe Stoxx 600, apreciando 26,11% face aos 17,59% da bolsa europeia, num período marcado pelo acentuar da crise de dívida na Europa.

 

Um dos problemas deste índice futebolístico é a elevada volatilidade dos clubes cotados, que resulta da reduzida liquidez das suas acções e da instabilidade face aos resultados desportivos de cada semana.

 

Na época que está prestes a terminar, o futebol europeu viu mais duas equipas juntarem-se ao Stoxx Europe Football, o Manchester United, que já tinha pertencido à bolsa londrina e que, em Agosto voltou a cotar em bolsa, mas agora em Wall Street, e o Glasgow Rangers, que se juntou ao Footsie, em Dezembro.

 

Desde que se juntou à bolsa de Londres e a par da despromoção à quarta divisão escocesa, as acções do Glasgow Rangers acumularam perdas superiores a 25%. Um balanço muito mais positivo tiveram os títulos do Manchester United, que avançaram 27,86%, numa época em que o clube de futebol ganhou o campeonato e se despediu do seu eterno treinador, Alex Ferguson.

 

O estímulo da entrada do Manchester United em bolsa de nada valeu aos restantes 21 clubes, onde predominam os dinamarqueses e os turcos. No caso das equipas turcas, os problemas financeiros que assolaram as suas equipas ao longo do último ano tiveram uma repercussão nefasta nas suas cotações, com o Besiktas a cair 13,93%, o Fenerbahçe 33,52%, o Galatasaray 40,52% e o Trabzonspor 52,76%.

 

Outros dos grandes derrotados do Stoxx Europe Football esta temporada foram o Ruch Chorzow, da Polónia, que registou uma quebra de 65,71%, e o dinamarquês Aarhus, que depreciou 49,41%.

 

Por outro lado, as equipas que mais alegrias deram aos seus accionistas são o Celtic de Glasgow, que avançou 68,48% esta temporada depois de ganhar o campeonato e a taça da Escócia, e o Borussia de Dortmund, finalista vencido da Liga dos Campeões, cujas acções subiram 28,83%.

 

Outras equipas emblemáticas, como a Roma e a Lázio, tiveram subidas de 23,67% e 20,28%, respectivamente, nas suas acções. Juventus e Benfica também viram as suas acções avançar, 11,33% e 21,31%, respectivamente.

 

No caso de outros clubes, como o Porto, apesar do seu sucesso desportivo o mesmo não se verificou a nível bolsista, já que registou uma quebra de 14,29% nas suas acções. Já esta terça-feira, as acções avançaram 5,88% para 0,36 euros, depois de confirmadas as vendas de João Moutinho e James Rodríguez ao Mónaco, por 70 milhões de euros.

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