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Fundo soberano da Noruega deixa de ter participação qualificada na Sonae
O Norges Bank detém agora menos de 2% do capital da retalhista dona do Continente.
O Norges Bank, que gere o maior fundo soberano do mundo – o da Noruega –, passou a deter uma participação inferior a 2% na Sonae, informou em comunicado à CMVM a empresa liderada por Cláudia Azevedo (na foto).
Com as operações realizadas nos dias 31 de janeiro e 3 e 4 de fevereiro, a posição do Norges Bank na Sonae passou de 2,01% para 1,97%, refere o mesmo documento.
Com esta posição, o Norges Bank passou a deter 1,92% de direitos de voto inerentes às ações e 0,05% de direitos de voto inerentes a instrumentos financeiros – que são direitos de voto que podem vir a ser adquiridos caso o instrumento seja convertido/exercido.
A Sonae encerrou a sessão desta quarta-feira a somar 0,29% para 0,8505 euros.
Da estrutura acionista da empresa fazem parte a Efanor, com 52,69%, e há três outras participações qualificadas: o BPI (4,80%), a Invesco (2,06%) e o CriteriaCaixa (2%).
A Noruega conta com dois fundos soberanos, o Government Pension Fund Global e o Government Pension Fund Norway.
O primeiro é uma continuação do chamado "Fundo de Petróleo" e o Ministério das Finanças é o responsável pela sua gestão – mas a gestão operacional está delegada no banco central do país, o Norges Bank.
As receitas deste fundo provêm do rendimento total que o governo norueguês obtém com as atividades petrolíferas e do retorno sobre os investimentos do fundo.
Já o segundo tem menor dimensão e é um fundo nacional, estando limitado a investimentos noruegueses e escandinavos – sendo por isso um acionista de relevo em muitas das grandes empresas norueguesas. A sua gestão operacional está delegada no National Insurance Scheme Fund.