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Fecho dos mercados: bolsas à procura de direcção, petróleo em queda e alumínio em máximos de 2011

As bolsas europeias cederam terreno, na sua generalidade, mas os recuos não foram expressivos. Isto numa altura em que os investidores procuram um rumo, num contexto de menores receios em torno de uma acção armada dos aliados na Síria.

Reuters
16 de Abril de 2018 às 17:22
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Os mercados em números

PSI-20 resvalou 0,43% para 5.453,97 pontos

Stoxx 600 cedeu 0,36% para 377,82 pontos

S&P 500 avança 0,60% para 2.672,27 pontos

"Yield" a 10 anos de Portugal recuou 0,5 pontos base para 1,649%

Euro ganha 0,31% para 1,2369 dólares

Petróleo cai 1,5% para 72,49 dólares por barril em Londres

 

Bolsas europeias sem direcção marcada

As bolsas do Velho Continente encerraram generalizadamente em baixa, exceptuando Atenas, com os sectores da alimentação e automóvel a serem os que mais desceram na Europa. No entanto, as quedas não chegaram a 0,5% [salvo o índice britânico FTSE, que cedeu 0,82%], já que os investidores estão ainda à procura de um rumo num contexto de tensões acrescidas no Médio Oriente, depois de os EUA, Reino Unido e França terem bombardeado alvos na Síria em resposta a um ataque químico atribuído às forças leais ao regime de Bashar al-Assad. O índice de referência europeu Stoxx 600 deslizou 0,36% para 377,82 pontos.


Por cá, o PSI-20 fechou a recuar 0,43%, para 5.453,97 pontos, com 13 cotadas no vermelho e cinco no verde. A pressionar o índice de referência nacional estiveram sobretudo os títulos da energia, com a EDP a ceder 0,60% e a sua subsidiária para as renováveis a recuar 1,11%. A REN perdeu 0,47% e a Galp desvalorizou 0,79%. Destaque pela negativa também para a Pharol, que caiu 3,67% para 0,189 euros.

 

Juros descem em Portugal

As taxas de juro subiram na generalidade dos países europeus, com excepção de Portugal. Por cá, as "yields" das obrigações 10 anos [que é o vencimento de referência] cederam 0,5 pontos base para 1,649%.

Já a taxa de juro implícita na dívida a 10 anos de Espanha subiu 0,4 pontos base para 1,242%, ao passo que a taxa das bunds alemãs a 10 anos somou 1,4 pontos base para 0,525%. Em Itália, os juros de referência avançaram 0,4 pontos base para 1,801%.

 

Euribor mantêm-se a 3 e 9 meses e sobem a 6 e 12 meses

A Euribor a três meses, em valores negativos desde 21 de Abril de 2015, voltou a fixar-se em -0,329%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,332%. Já a taxa a seis meses, a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação e que entrou em terreno negativo pela primeira vez a 6 de Novembro de 2015, subiu 0,001 pontos para -0,270%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,279%, registado pela primeira vez a 31 de Janeiro.    

A nove meses, a Euribor manteve-se em -0,219%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,224%, registado pela primeira vez a 27 de Outubro do ano passado. Já no prazo a 12 meses, a taxa Euribor, que desceu para valores abaixo de zero pela primeira vez a 5 de Fevereiro de 2015, subiu 0,001 pontos para -0,189%, contra o actual mínimo de sempre, de -0,194%, verificado pela primeira vez a 18 de Dezembro passado.

 

Dólar ganha com alívio de receios em torno da Síria

O índice da Bloomberg para o dólar, que mede o comportamento da moeda norte-americana face a um cabaz com as principais divisas mundiais, caiu para um novo mínimo do último mês, numa altura em que a nota verde está a ser penalizada pelos tweets do presidente Donald Trump acusando a Rússia e a China de estarem a desvalorizar as suas moedas enquanto os EUA continuam a subir os juros.

O euro é uma das moedas que segue a então a ganhar terreno face à nota verde, a subir 0,31% para 1,2369 dólares.

 

Petróleo cai com diminuição de tensões

As cotações do crude seguem em terreno negativo, depois de terem estado em máximos de três anos, devido ao facto de os receios em torno dos conflitos no Médio Oriente terem diminuído um pouco, já que não se antevêem mais acções militares. O presidente norte-americano declarou "missão cumprida" um dia depois de ter, juntamente com o Reino Unido e França, bombardeado alvos na Síria, esperando-se agora que a próxima medida possa ser um endurecer das sanções contra a Rússia, que é aliada do regime sírio de Bashar al-Assad.


No mercado nova-iorquino, o crude de referência West Texas Intermediate segue a perder 1,60% para 66,27 dólares por barril, e em Londres o Brent do Mar do Norte – que serve de referência às importações portuguesas – está a negociar nos 71,49 dólares com uma descida de 1,5%.

 

Alumínio em máximos de seis anos e meio com apuros da Rusal

O alumínio continua a ganhar terreno, depois de na semana passada ter acumulado uma subida de 13% em Londres, num período marcado pelas sanções dos EUA a empresas e oligarcas russos. O metal industrial segue a subir 3,5% para 2.366 dólares por tonelada, depois de já ter hoje tocado no valor mais alto desde Setembro de 2011, ao negociar nos 2.377,50 dólares.


Um dos alvos das sanções norte-americanas foi a russa Rusal, uma das maiores produtoras de alumínio, o que motivou preocupações sobre a saúde financeira da empresa e, consequentemente, sobre o fornecimento de alumínio.

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