Notícia
Farmacêutica afunda mais de 30% após suspeitas de contas fraudulentas
Uma equipa de research acusa a Valeant de ter criado uma rede de "farmácias-fantasma" para falsear as suas contas. A farmacêutica utilizará outra empresa - a Philidor - para armazenar inventário e registar as transacções como vendas.
A Valeant está a afundar mais de 30% em bolsa esta quarta-feira, 21 de Outubro, depois de a Citron Research ter levantado suspeitas de que as contas da farmacêutica são fraudulentas, com a empresa a recorrer a uma rede de farmácias "fantasma" para falsear as vendas.
A equipa de research da Citron compara mesmo a Valeant à Enron, a energética norte-americana que faliu em 2001, depois de ter sido revelado o escândalo de corrupção e fraude na empresa.
Num relatório divulgado esta quarta-feira, a Citron refere que a Valeant utiliza farmácias relacionadas com a Philidor – uma empresa não auditada que se suspeita pertencer à Valeant – para armazenar inventário, registando essas transacções como vendas.
Parece que "a Valeant/Philidor constituíram uma rede de farmácias-fantasma para criarem vendas falsas de medicamentos ou para evitarem o escrutínio dos auditores", expõe a equipa de research no seu relatório.
A Valeant tem estado no centro de uma polémica relacionada com o aumento dos preços dos medicamentos. A farmacêutica subiu o preço do Glumetza – comprimidos para melhorar o controlo da glicemia em diabéticos – em 500% no segundo trimestre deste ano, e em mais 50% no terceiro trimestre.