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Estímulos dos EUA animam bolsas e Boeing sobe aos céus. Mas Apple pressiona tecnologias
Os principais índices norte-americanas prosseguiram em alta, exceto o Nasdaq, A animar esteve a expectativa da aprovação do pacote orçamental de dois biliões de dólares. Mas a volatilidade continua em alta e os dados do desemprego já preocupam.
O Dow Jones encerrou a somar 2,39% para 21.200,55 pontos, depois de ontem escalar 11,37% naquele que foi o maior ganho diário dos últimos 77 anos.
Também o Standard & Poor’s 500 fechou em alta, a subir 1,15% para 2.475,56 pontos.
Desde fevereiro que o S&P 500 não tinha uma valorização tão elevada em duas sessões seguidas (ontem disparou 9,4%). Ainda assim, no acumulado de março perde cerca de 15%, colocando-o a caminho do seu pior mês desde outubro de 2008, em plena crise financeira.
Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite terminou em contraciclo. Na reta final da sessão entrou no vermelho e já não conseguiu regressar à tona, perdendo 0,45% para 7.384,30 pontos.
Durante grande parte da sessão, os principais índices do outro lado do Atlântico estiveram a capitalizar o otimismo dos investidores perante a expectativa de que a bazuca proposta pela Administração Trump, no valor de dois biliões de dólares, seja finalmente aprovada.
Contudo, a volatilidade continua a ser enorme, o que convidou à prudência dos investidores - além de que mais estados norte-americanos estão a ser fortemente atingidos pela covid-19, o que poderá elevar significamente o número de vítimas e o impacto económico.
Além disso, amanhã serão divulgados os dados dos novos pedidos de subsídio de desemprego na semana passada nos EUA e as estimativas dos economistas inquiridos pela CNN apontam para mais um milhão de pessoas – o que, a acontecer, será o maior número alguma vez registado.
O número pode até ser mais elevado, com o Goldman Sachs a prever que possa ter atingido mais de dois milhões de pessoas e o Economic Policy Institute a apontar para 3,4 milhões de novos pedidos de subsídio de desemprego.
Em destaque pela positiva na sessão desta quarta-feira esteve a Boeing, que fechou a ganhar 24,32% mas chegou a disparar 32%, impulsionada sobretudo por dois fatores: a bazuca de dois biliões de dólares a ser aprovada pelo Congresso contempla ajudas às companhias aéreas; e a transportadora anunciou que espera retomar a produção do 737 Max já em maio – ou seja, mais cedo do que o esperado.
Recorde-se que a Boeing encerrou em janeiro a linha de montagem deste tipo de aviões depois de dois acidentes fatais.
Pela negativa, e a pressionar grandemente o Nasdaq, esteve a Apple - que mudou o curso do índice tecnológico ao anunciar que está a ponderar adiar o iPhone 5G durante meses. A empresa da maçã encerrou a cair 0,55% para 245,52 dólares.