Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Energia e retalho levam bolsa de Lisboa para quedas

Apesar da abertura em terreno positivo, a negociação na praça portuguesa deu lugar a perdas, enquanto os ganhos na generalidade das praças europeias também foram atenuados. Os sectores energético e do retalho são os que mais pressionam em Lisboa.

Bruno Simão/Negócios
18 de Abril de 2017 às 08:54
  • ...
Está a ser a segunda sessão negativa para a praça portuguesa, que regressou de duas sessões de paragem - devido às festividades da Páscoa - a experimentar ganhos ligeiros que entretanto deram lugar a perdas. O principal índice português cede sob a pressão das quedas da Galp e do universo EDP e também das retalhistas Jerónimo Martins e Sonae.

O PSI-20 perde 0,69% para 4.928,52 pontos, com apenas um título em alta - a Mota-Engil -, a subir 0,88% para 2,303 euros. 

A Galp, que esta manhã apresentou dados preliminares do trimestre, cai 1,34% para 14,38 euros. A energética liderada por Carlos Gomes da Silva viu as áreas da exploração e produção e das vendas de energia a ganharem terreno, enquanto a da refinação e distribuição registou um comportamento menos positivo. Nos mercados internacionais o preço do petróleo está em alta ligeira, com o Brent do mar do Norte a somar 0,13% para 55,43 dólares.

A EDP Renováveis, que a partir de agora tem oito dias para avaliar a OPA lançada pela EDP – depois de a eléctrica ter esta segunda-feira entregado o pedido de registo da oferta na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) -, segue a recuar 0,80% para 6,904 euros, 15 cêntimos acima dos 6,75 euros colocados pela casa-mãe na oferta pública de aquisição. A EDP cai 0,57% para 1,141 euros.

No dia em que a imprensa polaca dá conta de ameaças dos sindicatos de avançarem para uma greve na Biedronka em protesto por salários mais altos, a dona da empresa, a Jerónimo Martins, recua 0,66% para 16,61 euros. A Sonae acompanha e perde 0,43% para 0,918 euros.

As perdas estendem-se ao sector financeiro, com o BCP a inverter para queda de 0,9% para 0,1763 euros depois de o Norges Bank ter voltado a reforçar a posição no banco, e os títulos do fundo de participação do Montepio a recuarem 0,24% para 0,408 euros. Fora do índice, o BPI cai 1,78% para 1,05 euros. 

Esta terça-feira, o Negócios avança que os bancos já ganharam 1.570 milhões de euros só no ano passado em impostos com o impacto das imparidades e o uso de créditos fiscais antigos. A CGD foi a que mais beneficiou.


Os CTT, que se vêem obrigados a reforçar os dados sobre os marcos do correio de acordo com as novas regras da Anacom, caem 0,96% para 5,067 euros. Ainda nas comunicações, a Nos cede 0,49% para 5,125 euros.

No resto das praças europeias, o Stoxx 600 assumiu sinal vermelho (recua 0,09% para 380,25 pontos) com o apetite dos investidores a ser condicionado pela situação na Coreia do Norte, o pós-referendo na Turquia e a incerteza com a aproximação da primeira volta das eleições francesas, no próximo domingo. 

Da madrugada vem a sessão mista nas praças asiáticas, depois de o vice-presidente norte-americano Mike Pence ter anunciado a revisão do acordo comercial com a Coreia do Sul, alegadamente por Seul impor demasiadas barreiras à relação com os EUA, numa região marcada nos últimos dias por fortes tensões com trocas de ameaças entre EUA e Coreia do Norte.

Ao longo do dia os investidores aguardam pela divulgação de dados económicos, com o Fundo Monetário Internacional (FMI) a divulgar o seu "outlook" para a economia global. No campo dos resultados, mais dois gigantes da banca mostram números em Nova Iorque: o Goldman Sachs e o Bank of America.


(Notícia actualizada às 9:08 com mais informação)
Ver comentários
Saber mais Coreia do Norte mercado e câmbios economia negócios e finanças bolsa Mota-Engil PSI-20
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio