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Empresas que empregam mais mulheres conseguem melhores retornos na bolsa

Empregar mais mulheres pode impulsionar uma empresa no mercado acionista, segundo uma análise do Morgan Stanley sobre a relação entre diversidade e a cotação das ações.

17 de Agosto de 2019 às 14:00
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Os retornos anuais de cotadas que empregam a maior proporção de mulheres ficaram 2,8 pontos percentuais acima do retorno de companhias menos diversificadas nos últimos oito anos, segundo o relatório publicado na terça-feira.

 

Esse desempenho superior marcou um fenómeno global, apesar das grandes diferenças de igualdade de género entre regiões como a Europa, com cerca de 30% dos lugares dos conselhos de administração ocupados por mulheres em maio de 2019, e o Japão, com apenas 5%.

 

O relatório confirma pesquisas que mostram que a diversidade na força de trabalho melhora os retornos: reguladores e um número cada vez maior de investidores em todo o mundo pressionam pelo equilíbrio entre géneros no ambiente de trabalho. Empresas com conselhos de administração exclusivamente masculinos são agora coisas do passado entre as cotadas do índice S&P 500. A Copart, que era a última empresa do índice sem uma mulher na administração, promoveu a sua diretora financeira em julho.

 


Economistas do Morgan Stanley analisaram a percentagem de mulheres empregadas em toda a hierarquia de quase 2.000 empresas do índice MSCI World, ajustando os números de acordo com os setores. O banco descobriu que empresas com diversidade tiveram um desempenho superior mesmo considerando fatores como dimensão, rendimento, rentabilidade e risco.

 

A tendência foi mais destacada em empresas de mercados asiáticos desenvolvidos, com as ações classificadas no terço superior em igualdade de género a superarem o desempenho do terceiro inferior em 3,9 pontos percentuais por ano.

 

O Japão foi excluído do resultado porque a baixa proporção de mulheres na força de trabalho dificultou a comparação entre o terço mais diverso e o menos diverso das empresas. Ainda assim, a relação também se verificou, com um aumento anual de 0,8 pontos percentuais nos retornos de empresas japonesas na metade superior dos rankings de género do Morgan Stanley para o país.

 

Num sinal da dificuldade em medir a diversidade, apenas cerca da metade das empresas forneceu informações sobre o número de mulheres nos cargos de gestão e em escalões mais baixos.

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