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Emprego e comprimidos da Pfizer dão recordes aos EUA. Nasdaq chega aos 16.000 pontos

Os principais índices bolsistas do outro lado do Atlântico marcaram novos máximos históricos, animados pelos dados robustos do mercado laboral nos EUA e pelas notícias promissoras sobre um comprimido da Pfizer contra a covid. O Nasdaq chegou ao patamar dos 16.000 pontos.

Reuters
05 de Novembro de 2021 às 20:45
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O índice industrial Dow Jones fechou a somar 0,56%, para 36.327,95 pontos, o que constituiu um recorde de fecho. Isto depois de, a meio da jornada, ter tocado nos 36.484,75 pontos pela primeira vez na sua história.

 

Já o Standard & Poor’s 500 avançou 0,37%, para 4.697,53 pontos, o seu nível mais alto de sempre num encerramento. Durante a sessão foi catapultado para o valor mais alto de sempre, nos 4.718,50 pontos.

 

Por seu lado, o tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,20% para se fixar nos 15.971,59 – também um recorde em valores de fecho. Na negociação intradiária atingiu um máximo de 16.053,39 – nível nunca antes tocado.

 

O Dow fecha a semana com um ganho de 1,4%, ao passo que o S&P 500 e o Nasdaq valorizaram, no cômputo das cinco sessões, em torno de 2% e 3%, respetivamente.

 

O S&P 500 marcou hoje a sétima sessão consecutiva de subidas, na mais longa série de ganhos desde agosto de 2020. O Nasdaq, por sua vez, ganhou terreno nas últimas 10 jornadas. Ambos os índices acumulam uma valorização de cerca de 25% este ano.

 

As ações das empresas de menor capitalização, que tendem a estar mais exostas à economia norte-americana e menos à presença internacional do que as chamadas "blue chips" (de maior capitalização) – cotadas no Dow, S&p 500 e Nasdaq – tiveram um desempenho ainda melhor, com o seu índice Russell 2000 a somar 1,4% esta sexta-feira e a fechar em máximos históricos – fixando também uma subida semanal de 6%.

 

A contribuir para os novos recordes estiveram bons dados do emprego nos EUA. Em outubro, o número de contratações aumentou em 531.000, o que sinaliza que a atividade económica no país está a recuperar dinâmica. Isto numa altura em que a Fed sinalizou que não irá ter pressa em subir os juros diretores, atualmente em mínimos históricos.

 

A animar igualmente o sentimento no mercado esteve a Pfizer, que fechou a disparar 10,86%, depois de divulgar dados promissores relativamente ao seu comprimido contra a covid-19.

Bons ventos da Fed

"Depois do impacto inicial após as declarações no final de cada reunião da Fed, a sessão do dia seguinte, na quinta-feira, costuma ser a prova dos nove sobre a reação dos investidores em relação ao sentido em que pretendem empurrar o mercado, tendo em conta os desenvolvimentos decididos na política monetária. Tem sido assim nos últimos anos e se, por vezes, o registo nos minutos finais de quarta-feira é no mesmo sentido do da quinta-feira, em vários casos essa correspondência não é uma realidade, o que apanha parte dos investidores desprevenidos, até porque têm existido situações em que durante a noite existem desenvolvimentos, como reações de analistas e intervenientes importantes que mudam o rumo do sentimento", sublinhou Marco Silva, analista técnico na ActivTrades, na sua análise diária de hoje.

 

No entanto, como realça, ontem o dia foi de continuação da tendência de subida de quarta-feira, "o que é um excelente sinal para os touros, tendo em conta que os índices norte-americanos estão em máximos históricos e que caminhamos a passos largos para uma fase fundamental do comportamento de Wall Street, nomeadamente aquilo que se apelida de Rally de Natal [Santa Rally], que é um período de valorização significativa até ao final do ano, que pode começar em meados de novembro ou, em situações mais extremas, após o Natal, como ocorreu em 2018, no seguimento de uma correção importante devido à ação adversa dos investidores à reunião de outubro da Fed, que tinha traçado um caminho mais ‘hawkish’ do que aquele que o mercado achava o ideal".

 

E depois de ultrapassada a grande incógnita deste ano, não tendo colocado entraves à continuação do otimismo reinante, a janela de oportunidade para um rally de Natal começou hoje, com os penúltimos "non-farm payrolls" do ano, conhecidos antes de um período-chave para as empresas, nomeadamente as vendas do retalho online - a grande festa conhecida pelo duo Black Friday e Cyber Monday. Um conjunto de eventos que ano após ano se têm tornado num barómetro cada vez mais importante para o andamento de Wall Street, sendo este ano ainda mais relevante pelo facto de os constrangimentos na oferta poderem condicionar as vendas e consequentemente os lucros das empresas, tal como avisou a Amazon, apontou ainda Marco Silva. E o cenário continua bullish depois de conhecidos os bons números do emprego.

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