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Em dia de adeus ao Dow Jones, GE dispara 8% e dá alento às bolsas

As tensões comerciais entre os Estados Unidos e outras grandes economias ficaram hoje em segundo plano no sentimento dos investidores, com as tecnologias e a General Electric a contribuírem para a tendência positiva em Wall Street.

Reuters
26 de Junho de 2018 às 21:07
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O Dow Jones fechou a somar 0,12% para 24.281,07 pontos e o Standard & Poor’s 500 avançou 0,22% para 2.723,01 pontos.

 

Por seu lado, o índice tecnológico Nasdaq Composite valorizou 0,39%, a valer 7.561,63 pontos.

 

As bolsas do outro lado do Atlântico foram sobretudo sustentadas pelos ganhos do sector tecnológico, que esteve a corrigir das fortes perdas de ontem – com o movimento de subida a ser liderado pela Apple, Amazon e Netflix.

 

Na segunda-feira, o mau desempenho das tecnológicas pressionou fortemente o Nasdaq, no âmbito de novas ameaças no contexto das tensões comerciais. Isto depois de os EUA virem dizer que vão aplicar restrições à compra de empresas norte-americanas deste sector por parte de companhias de outros países. As restrições irão incidir sobre "todos os países que estão a tentar roubar a nossa tecnologia", afirmou o secretário norte-americano do Tesouro, Steven Mnuchin.

 

Mas a grande estrela da sessão de hoje foi a General Electric, naquele que foi o seu último dia como componente do Dow Jones.

 

As acções do conglomerado encerraram a disparar 8,47% para 13,83 dólares, o maior ganho diário em mais de três anos, depois de ter anunciado que vai autonomizar o seu negócio de cuidados de saúde e desinvestir na Baker Hughes, fornecedora norte-americana de serviços a campos petrolíferos.

 

Recorde-se que a General Electric (GE) vai deixar de estar cotada no índice norte-americano de referência Dow Jones Industrial Average (DJIA) a partir de amanhã, 26 de Junho.

 

Aquela que foi um dos membros fundadores do Dow Jones, em 1896, vai agora dar lugar à Walgreens Boots Alliance, que opera as chamadas parafarmácias norte-americanas com produtos ligados à saúde e ao bem-estar – sendo a segunda maior operadora do sector nos EUA, logo a seguir à CVS.

 

A empresa liderada por John L. Flannery – e que teve como presidentes executivos  figuras como emblemáticas como Jack Welsh – tem vindo a perder relevância em bolsa, pelo que foi decidido que o seu último dia como componente do Dow Jones seria o 25 de Junho.

 

"A General Electric foi membro fundador do DJIA em 1896 e um membro contínuo desde 1907. Desde então, a economia norte-americana mudou: as empresas dos sectores do consumo, finanças, cuidados de saúde e tecnologia são agora mais proeminentes e a importância relativa das companhias industriais é menor", justificou, em comunicado citado pelo FT, David Blitzer, chairman do comité dos índices S&P Dow Jones.

 

O preço das acções da GE teve um desempenho muito inferior ao da média do mercado quando esteve sob as rédeas de Jeffrey Immelt, que foi substituído por John Flannery em 2017. A empresa foi especialmente pressionada pela crise financeira mundial, que atingiu em cheio a sua unidade GE Capital.

 

Alguns observadores já estavam à espera que os apuros da GE levassem a que a empresa fosse retirada da lista de elite das 30 componentes do Dow Jones. No acumulado do ano, as acções perdem 21%.

 

As alterações à composição do Dow Jones são feitas com base na percepção dessa necessidade, não sendo a escolha feita com base em normas quantitativas, segundo a metodologia do índice.

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