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É para comprar? Acções caíram a pique
Todos os analistas recomendavam comprar as acções da Mota-Engil e da Galp. Mas as acções caíram a pique até ao final de 2015. Dois casos de como, por vezes, as avaliações podem ser bastante distantes da realidade.
Nem sempre as análises dos analistas se revelam certeiras. Se em alguns casos recompensa seguir o conselho dos intermediários financeiros, noutros pode revelar-se um desastre completo. É o caso do que aconteceu com a Mota-Engil e a Galp no ano passado. Os analistas eram unânimes, todos mandavam "comprar", mas a trajectória no mercado foi a oposta.
Entre meados de 2014 e meados de 2015, a Mota-Engil só recebeu recomendações positivas. De acordo com o relatório anual para a actividade de supervisão de análise financeira da CMVM, todos os sete intermediários financeiros que seguiam a construtora emitiram notas a recomendar comprar os títulos, antecipando margem de progressão para as acções.
Os "targets" colocavam a empresa a negociar entre os 3,90 euros e os 6,60 euros, valores que a empresa ainda visitou, antes de iniciar uma queda a pique. Depois de ter tocado em máximos nos 6,10 euros, em Junho de 2014, a companhia iniciou uma correcção, tendo fechado o último ano a valer 1,93 euros por acção, menos 68% que os máximos.
Além deste caso, que mostra como por vezes os analistas fazem análises distantes da realidade, a CMVM sublinha ainda o caso da Galp. Tal como no caso da Mota-Engil, todos os analistas que seguiam a petrolífera – 22 neste caso – emitiram, ao longo de 2014, recomendações com preços-alvo positivos para a empresa. Mas, mais uma vez falharam.
As acções corrigiram de 13 euros para 10,7 euros entre meados de Setembro de 2014 e o final de 2015, com a empresa a negociar de meados de Agosto até ao final de Setembro do ano passado, em geral, abaixo de nove euros por acção.