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Dúvidas sobre "timing" de corte de juros pela Fed penaliza Wall Street

Os principais índices do lado de lá do Atlântico desvalorizaram, num dia em que o índice de volatilidade de Wall Street atingiu máximos de duas semanas.

Reuters
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Os principais índices em Wall Street encerraram a sessão desta terça-feira no vermelho, pressionados pela expectativa de que os sólidos dados económicos e um "rally" nos preços das "commodities" possam vir a afastar a Reserva Federal de proceder ao primeiro corte dos juros diretores em junho, como previam os investidores.

O S&P 500, referência para a região, recuou 0,72% para 5.205,81 pontos, o tecnológico Nasdaq Composite perdeu 0,95% para 16.240,45 pontos e o industrial Dow Jones caiu 1% para 39.170,24 pontos.

Num "renascer" de "boas notícias são más notícias", como refere a Bloomberg, os dados do comércio, do emprego e da atividade industrial melhores do que esperado acrescentaram ceticismo ao "timing" de redução de juros pela Fed, o que, por sua vez, afastou os investidores de ativos de maior risco.

Ao mesmo tempo, o índice de volatilidade CBOE, também conhecido como "barómetro do medo de Wall Street", tocou um máximo de mais de duas semanas.

Com os "traders" a apontarem agora para menos cortes de juros este ano do que a própria Fed, os juros da dívida norte-americana a 10 anos atingiram o valor mais elevado em 2024.

Entre os principais movimentos de mercado, a Tesla perdeu 4,9% para 166,63 dólares, depois de a empresa ter revelado que as entregas no primeiro trimestre do ano caíram 8,5%. Trata-se da primeira queda homóloga desde o segundo trimestre de 2020, que se verificou por causa da pandemia de covid-19.

"A narrativa de 'taxas de juro elevadas por mais tempo' está de volta, apesar de a Fed prever reduzir as taxas de juro ainda este ano. E isso está a deixar o mercado preocupado", afirmou à Reuters Quincy Krosby, da LPL Financial.

"O que estamos a ver é um soco duplo, com a combinação de dados de inflação continuamente elevados juntamente com a tomada de mais-valias", acrescentou à CNBC Greg Bassuk, CEO da AXS Investments.

Com "ganhos muito significativos no primeiro trimestre é de esperar uma pequena correção", disse ainda.
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