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Dúvidas com estímulos travam ganhos e Wall Street fecha primeiro mês no vermelho desde março
O S&P500 perdeu perto de 4% em setembro, colocando ponto final numa série se cinco meses em alta. A última sessão do mês foi positiva.
As bolsas norte-americanas fecharam a última sessão de setembro em alta, com os investidores confiantes numa nova ronda de estímulos à economia norte-americana, embora as declarações do secretário do Tesouro tenham travado o ímpeto otimista.
O S&P500 fechou a sessão a subir 0,82% para 3.362,70 pontos. Apesar do dia positivo, no acumulado de setembro o índice norte-americano perdeu quase 4%, naquele que foi o primeiro mês no vermelho desde março (-12,51%).
Depois do "sell off" de março, o primeiro mês da pandemia, Wall Street entrou numa trajetória ascendente que levou os índices de ações a apagarem as perdas provocadas pela covid-19, tendo inclusive atingido novos máximos.
Setembro foi assim um mês de pausa neste mercado que continua em alta em plena pandemia e recessão profunda. Ainda assim no saldo do terceiro trimestre o balanço foi positivo, com o S&P500 a marcar ganhos de cerca de 8%. No segundo trimestre o índice tinha disparado 20%.
A segunda vaga de covid-19 em várias regiões no globo, a recuperação económica mais fraca e as dúvidas sobre um novo pacote de estímulos justificam a correção de setembro.
Um novo pacote de estímulos nos EUA voltou a ser o tema central da sessão de hoje. O otimismo com um entendimento entre republicanos e democratas gerou ganhos próximos de 2% a meio da sessão, mas o otimismo desvaneceu-se ligeiramente quando secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, veio dizer que ainda não havia acordo e as negociações iriam prosseguir.
Ainda assim o saldo do dia foi positivo, com o Dow Jones a fechar a sessão com uma subida de 1,2% para 27.781,7 pontos, enquanto o Nasdaq Composite valorizou 0,74% para 11.167,5 pontos.