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Dow Jones em máximos históricos com indústria a aplaudir Trump

No passado dia 15 de Agosto, o Standard & Poor’s 500 e o Dow Jones atingiram novos máximos de sempre. Desde então, "flirtaram" muitas vezes com esses patamares e chegaram a estar a poucas décimas de estabelecer novo recorde. Mas isso só veio a acontecer hoje, 10 de Novembro, e por enquanto apenas com o índice industrial.

Reuters
10 de Novembro de 2016 às 21:22
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As bolsas norte-americanas encerraram em terreno misto, com destaque para o recorde do Dow Jones, numa altura em que os investidores especulam sobre os sectores e empresas que vão beneficiar com a vitória de Trump na corrida à Casa Branca.

 

A vedeta da sessão foi o índice industrial Dow Jones, que fechou a somar 1,17% para 18.807,88 pontos, depois de ter marcado a meio da sessão um novo máximo histórico, nos 18.808,35 pontos.

 

O Standard & Poor’s 500, por seu lado, encerrou a subir 0,20% para 2.167,61 pontos, ao passo que o tecnológico Nasdaq Composite desvalorizou 0,81% para 5.208,79 pontos.

 

Na quarta-feira, 9 de Novembro, soube-se que o novo presidente dos Estados Unidos será Donald Trump. Num primeiro momento, as bolsas do outro lado do Atlântico (que foram acompanhadas nessa tendência em todo o mundo) registaram quedas acentuadas. Mas o republicano conseguiu acalmar os mercados após o seu discurso de vitória e em Wall Street o fecho foi mesmo positivo.

 

Esta quinta-feira, a tendência manteve-se em alta no fecho, com excepção do Nasdaq Composite, e isto apesar de também o S&P 500 e o Nasdaq Composite terem chegado a negociar no vermelho durante a sessão devido à volatilidade própria desta altura de incerteza em torno do que Donald Trump fará enquanto presidente.

 

Os títulos industriais, da banca e das farmacêuticas têm estado a ter as melhores reacções a uma Administração Trump.

 

Com efeito, a contribuir para o recorde do Dow Jones está o facto de as acções ligadas ao sector industrial estarem a ter um desempenho largamente positivo, já que nos planos de Trump está o aumento da despesa pública em infra-estruturas. Por arrasto, também as matérias-primas ligadas a materiais usados na construção estão a ganhar terreno.

 

Já os bancos e as farmacêuticas estão a beneficiar da expectativa de que o novo presidente norte-americano e o Congresso – controlado pelos republicanos – revertam alguns dos regulamentos mais pesados para estes sectores.

 

Entre as melhores performances do dia estiveram o JPMorgan Chase, Goldman Sachs, Pfizer, Boeing, Macy’s, Nordstrom e Urban Outfitters.

 

Do lado das perdas, destaque sobretudo para a Amazon.com – que acabou por penalizar o sector tecnológico no seu conjunto – e para a Procter & Gamble.

 

A Bloomberg sublinha o facto de o mercado norte-americano estar radicalmente polarizado relativamente à vitória de Trump, sendo evidente quem estão a ser os vencedores e perdedores nas bolsas. E um perdedor que se tem evidenciado é o sector tecnológico, visto que as empresas deste ramo operam bastante fora de portas e estão receosas do impacto que poderão ter as políticas do novo presidente no que diz respeito ao comércio – já que este defende medidas proteccionistas e falou mesmo em reverter alguns acordos comerciais importantes já estabelecidos e em curso.

 

Nas 22 eleições presidenciais desde 1928, o S&P 500 caiu 15 vezes no dia a seguir ao fecho das contagens, com uma perda média de 1,8%.

 

Numa altura em que a cena política está no centro das atenções, começa a diminuir o ritmo de apresentação dos resultados trimestrais das empresas norte-americanas. Os analistas estimam que os lucros das cotadas do S&P 500 tenham crescido 2,5% em média no trimestre compreendido entre Julho e Setembro, quando no início do mês apontavam para uma quebra média de 1,6%.

 

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