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Do Chile à Lituânia, bolsas rendem mais onde as mulheres presidem

Os países com mulheres no comando foram uma óptima escolha para investidores dos mercados accionistas este ano.

Bloomberg
08 de Outubro de 2017 às 11:00
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As bolsas que operam em nações com uma mulher como chefe de Estado registaram um retorno médio, em dólares, de 25% - contra 18% no caso de líderes do sexo masculino, segundo dados compilados pela Bloomberg.

 

No topo da lista está o Chile, da presidente Michelle Bachelet, onde o mercado accionista avança 40% desde o início do ano. Em seguida vêm as Ilhas Maurícias de Ameenah Gurib (32%) e a Lituânia de Dalia Grybauskaite (30%).

 

Obviamente são muitos os factores que contribuem para a valorização das acções e é difícil precisar a influência do sexo de quem está no comando. O dado deste ano é muito restrito, mas é interessante notar que, na análise da Bloomberg, os principais índices accionistas dos 14 países liderados por mulheres, com excepção de um, superam o retorno de 16% do S&P 500 em 2017. E há estudos que mostram que empresas com mais executivas ou maior diversidade de géneros superam as concorrentes.

 

Para chefes de Estado mulheres, o desempenho económico e político costuma depender de como ascenderam — se tiveram forte apoio de uma figura masculina ou subiram ao poder por conta própria —, avalia Alison Graham, directora de investimentos da Voltan Capital Management em Nova Iorque. Graham cita a argentina Cristina Kirchner e a brasileira Dilma Rousseff como exemplos de mau desempenho após assumirem os cargos com as bênçãos de antecessores homens de alta popularidade.

 

Algumas das líderes mais eficientes tomaram as rédeas em momentos de tensão. Margaret Thatcher ascendeu durante uma crise social no Reino Unido e comandou uma "profunda transformação económica", recorda Graham.

 

Dalia Grybauskaite, conhecida como a Dama de Ferro da Lituânia, venceu as eleições de 2009, em plena crise financeira, em parte devido aos seus conhecimentos económicos e postura firme contra a Rússia. Já Bachelet, que está no segundo mandato, avançou com amplas reformas económicas e contribuiu para a união do Chile durante o julgamento e a morte do ditador Augusto Pinochet.

 

"O desempenho económico superior provavelmente resulta de uma combinação de factores: uma personalidade forte, capaz de articular e implementar um programa económico claro, num contexto no qual competência, clareza e bravura pessoal são mais necessários", segundo Graham. "O nível de exigência é maior para líderes independentes do sexo feminino, o que também pode contribuir para o seu desempenho superior no cargo", acrescentou.

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