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Direitos do BCP caem mais de 20% na semana

As acções do BCP continuam a ser pressionadas pela evolução em terreno negativo dos direitos de subscrição do aumento de capital.

Miguel Baltazar/Negócios
27 de Janeiro de 2017 às 10:15
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Os direitos de subscrição do aumento de capital do Banco Comercial Português voltam esta sexta-feira a evoluir em terreno negativo, pressionando em baixa a cotação das acções.

 

Os direitos desvalorizam 4,59% para 64,4 cêntimos e acumulam já uma queda de 21,5% esta semana. Estão agora mais perto do mínimo fixado no primeiro dia de negociação (quinta-feira, 19 de Janeiro) nos 56,5 cêntimos.

 

As acções do banco continuam assim a ser pressionadas pelo desempenho negativo dos direitos, estando esta sexta a recuar 1,97% para 14,4 cêntimos, o que eleva a perda semanal para 8,5%.

 

Esta queda dos direitos reflecte a pressão vendedora sobre os títulos por parte dos accionistas do banco que não pretendem acompanhar o aumento de capital, sendo que neste caso só têm até segunda-feira para vender os direitos em bolsa.

 

Apesar de as acções estarem a ser arrastadas pelos direitos, continuam mais caras que a cotação de equilíbrio tendo em conta o valor dos direitos.

 

A aquisição de um direito a 64,4 cêntimos permite a subscrição de acções com um valor equivalente de 13,69 cêntimos, ou seja, 5% abaixo da actual cotação. Já à cotação das acções corresponde um valor teórico dos direitos de 75 cêntimos, ou seja, 16,5% acima do valor a que estes títulos negoceiam em bolsa.

 

O BCP revelou ontem que o CEO, Nuno Amado, comprou mais de 12 mil direitos de subscrição do aumento de capital, pelo que irá investir perto de 100 mil euros na operação.

Esta sexta-feira, o Jornal Económico avança que a EDP deverá acompanhar o aumento de capital de 1.332 milhões de euros de forma a manter a participação qualificada superior a 2%.

  

Esta situação de acentuado desequilíbrio tem sido a nota dominante na negociação das acções e direitos do BCP. Os direitos arrancaram a negociação na quinta-feira da semana passada bem abaixo do preço de equilíbrio com as acções, tendo recuperado nas duas sessões posteriores.

 

Os direitos negoceiam em bolsa até à próxima segunda-feira, 30 de Janeiro, terminando a 2 de Fevereiro (quinta-feira) o período de exercício. As novas acções deverão ser admitidas à negociação a 9 de Fevereiro.

 

No âmbito do aumento de capital de 1.332 milhões de euros, cada direito permite a compra de 15 acções, mediante o pagamento de 9,4 cêntimos por cada uma.

 

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