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Deutsche Bank afunda 6% depois de recomendar corte do dividendo
O banco alemão Deutsche Bank estima prejuízos de 6,2 mil milhões de euros no terceiro trimestre e poderá cortar ou eliminar o seu dividendo anual, refere a Bloomberg.
O Deutsche Bank prevê uma perda líquida de 6,3 mil milhões de euros no terceiro trimestre, podendo recomendar ou mesmo eliminar a distribuição de dividendos, refere a Bloomberg.
Este anúncio feito pelo banco alemão está a fazê-lo afundar na negociação bolsista fora do horário regular. O Deutsche Bank segue a perder 6,1%, para 27 dólares, no "after-hours" da bolsa nova-iorquina.
Estes fortes prejuízos deverão intensificar as pressões sobre o novo co-CEO, John Cryan, no sentido de proceder a um aumento de capital, apesar de o Deutsche Bank ainda estar acima dos mínimos regulatórios após as perdas, sublinha por seu lado o Financial Times.
A justificar estas perdas poderão estar vários factores: a amortização associada aos requisitos de capital e a venda da sua unidade Postbank para emagrecer as suas actividades na banca de investimento.
Além disso, correm informações na imprensa de que o banco alemão está entre as entidades expostas ao escândalo de manipulação de emissões nos motores a diesel de automóveis do grupo Volkswagen.
Recorde-se ainda que o próprio Deutsche Bank teve a sua dose de escândalos nos últimos tempos, o que levou a que em inícios de Junho os seus dois presidentes executivos – Anshu Jain e Juergen Fitschen – apresentassem a demissão.
Anshu Jain renunciou no final de Junho, enquanto Juergen Fitschen ficará no cargo até depois da reunião anual de accionistas do Deutsche Bank, marcada para Maio de 2016.
Os dois presidentes executivos estavam na liderança do banco desde 2012 e os seus mandatos terminavam em Março de 2017.
Foi um membro do conselho fiscal, John Cryan, de 54 anos, o escolhido para assumir em Julho o cargo de Anshu Jain e para, mais tarde, se tornar o único presidente executivo após a saída de Juergen Fitschen.