Wall Street perdeu algum do gás que tinha conquistado nas últimas sessões e acabou por encerrar a sessão desta quinta-feira no vermelho. Os três principais índices norte-americanos continuam, apesar de tudo, a negociar perto de máximos históricos, numa altura em que os investidores aguardam pelos dados da criação de emprego, divulgados esta sexta-feira, para conseguirem mais pistas sobre o futuro da política monetária do país.

Depois de ter registado o seu 56.º recorde de fecho este ano, o S&P 500 encerrou a sessão a perder 0,19% para 6.075,11 pontos. Também o tecnológico Nasdaq desvalorizou 0,18% para 19.700,26 pontos, enquanto o industrial Dow Jones cedeu 0,55% para 44.765,71 pontos.

Esta quinta-feira, os investidores estiveram a digerir o número de pedidos de subsídio de desemprego nos EUA, durante a semana passada. O valor foi o mais elevado em um mês, mas o mais importante teste à saúde do mercado laboral chega esta sexta-feira. Os analistas abordados pela Bloomberg esperam que a criação de emprego no país tenha acelerado para 215 mil postos de trabalho em novembro, depois de ter aumentado apenas 12 mil em outubro – o menor crescimento desde dezembro de 2020.

"Vamos ter uma visão mais completa com o relatório mensal de criação de emprego amanhã, mas, por enquanto, a história continua a ser de um mercado laboral que ocasionalmente até pode curvar-se, mas evita a quebra", afirma Chris Larkin, do Morgan Stanley, à Reuters.

As ações relacionadas com o setor das criptomoedas até arrancaram a sessão em alta, depois de a bitcoin ter ultrapassado a marca dos 100 mil dólares pela primeira vez na histórica, mas não conseguiram manter a força até ao final da negociação. Com a bitcoin de volta ao limiar inferior dos 100 mil dólares, a Coinbase Global recuou 3,13%, a MARA Holdings afundou 4,51% e a MicroStrategy – a maior empresa detentora deste criptoativo – derrapou 4,83%.

Entre as principais movimentações de mercado, a Synopsys perdeu mais de 12%, depois de a empresa de software norte-americana ter previsto receitas para 2025 inferiores às expectativas de Wall Street – em parte, devido a uma quebra nas vendas no mercado chinês.