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CTT em mínimos históricos já valem menos de metade do IPO

As ações dos CTT já estiveram a cair mais de 3,5%, atingindo o valor mais baixo de sempre. Os títulos já valem menos de metade do valor a que foram vendidos no IPO. O mínimo foi atingido no dia em que a empresa viu a concorrência aumentar no mercado português.

22 de Março de 2019 às 11:21
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As ações dos CTT estão a perder mais de 2% para 2,618 euros, tendo chegado a cair um máximo de 3,58% para 2,586 euros, o que representa um novo mínimo histórico para a cotada liderada por Francisco de Lacerda.

 

Desde o início do ano, os CTT já acumulam uma queda superior a 11,5%, mantendo assim a tendência de quedas registada nos últimos três anos.

 

O valor atual das ações dos Correios já está mais de 50% abaixo do preço a que os títulos foram vendidos na oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês). A operação ocorreu em 2013, tendo as ações sido alienadas a 5,52 euros por unidade.  

 

As ações dos CTT têm estado sob pressão, especialmente desde 2017, depois de a empresa ter cortado as estimativas de resultados. Foi no final daquele ano que se acentuou a tendência de queda das ações e se deu início ao ciclo de reestruturação. 

 

Em fevereiro deste ano, os CTT registaram quedas pronunciadas, depois de terem apresentado os resultados de 2018 e confirmarem o que os investidores já antecipavam: o corte do dividendo. A empresa anunciou que vai distribuir 10 cêntimos por ação em dividendos, o que representa o valor mais baixo de sempre para esta cotada.

Correos entra em Portugal

O mínimo histórico foi atingido no dia em que a empresa de correios espanhola concretizou a entrada no mercado português. A Correos, empresa detida na totalidade pelo Estado espanhol, prometeu comprar uma empresa portuguesa e já avançou. O alvo foi a empresa de correio expresso do grupo Rangel e a operação já foi notificada à Autoridade da Concorrência.

A área de correio expresso é uma das que compõem o universo do grupo Rangel, que tem na operação logística o seu principal negócio.

O presidente da Correos, Juan Manuel Serrano, já tinha revelado em janeiro que a entrada no mercado português seria no setor das encomendas, com entregas num prazo máximo de 24 horas em Portugal e Espanha. Mais tarde, revelou ao El País que estava a ultimar a compra de uma empresa portuguesa, com o objetivo de criar um operador ibérico que seja capaz de "aproveitar o 'boom' da distribuição gerado com o forte crescimento do comércio eletrónico".

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