Notícia
Cofina ganha 28% numa semana para máximos de 2015
Mais uma sessão com forte volume nas empresas de media. Na Cofina, o ganho de 8% de sexta-feira foi acompanhado de transacções quatro vezes acima da média. A Impresa somou 3% e recuperou de mínimos.
A Cofina voltou a disparar esta segunda-feira. Ao tocar nos 52 cêntimos a meio da sessão, a empresa presidida por Paulo Fernandes (na foto) atingiu cotações que eram inéditas desde Junho de 2015. A Impresa também recuperou após os mínimos experimentados em Agosto.
As acções da Cofina fecharam nos 51,7 cêntimos, com um ganho de 8,39%. Na última semana, a empresa perdeu apenas em uma das cinco sessões. Esta segunda-feira, foram transaccionados mais de 1 milhão de títulos da companhia, quando a média é de 244 mil acções negociadas por sessão. É quatro vezes acima da média e do volume do dia anterior.
Na semana passada, no dia 27, a empresa que detém o Correio da Manhã e o Negócios anunciou a entrada no mundo das apostas, com a atribuição de uma licença de exploração de jogos de fortuna e azar, que se estende, inicialmente, por três anos.
Esta era uma área distinta do ramo de media, área onde a Cofina procedeu a um despedimento colectivo nos últimos meses. Neste momento, segue uma reestruturação que implica a integração de redacções, sendo um dos intuitos o corte de custos.
Impresa recupera
A Impresa tem também passado por um processo de reestruturação, estando neste momento a avaliar a venda ou o fecho das suas revistas, de que a Visão é a principal insígnia. Isto depois de não ter conseguido proceder a uma emissão de dívida, em que pretendia pedir 35 milhões de euros aos investidores.
A meio de Setembro, as acções da Impresa resvalaram para as cotações mais baixas desde Maio deste ano, mas têm vindo a recuperar. Esta segunda-feira, a empresa comandada por Francisco Pedro Balsemão ganhou 2,99% para 0,344 euros, tendo chegado aos 0,353 euros, cotações alcançadas na primeira metade de Agosto.
Também neste caso, trocaram de mãos 1,6 milhões de acções da dona da SIC e do Expresso, acima das 1,3 milhões de sexta-feira e da média semestral de 1 milhão.
As empresas da comunicação social têm estado sob os holofotes com as mudanças anunciadas no sector: a Altice, através da Meo, propôs a compra da Media Capital, dona da TVI, uma operação que não é bem-vista pelas outras operadoras e pela própria Impresa. A Media Capital, com uma dispersão de capital em bolsa muito reduzida, não teve volume, ficando nos 3,15 euros.